Suzano e Fibria viram a maior do agronegócio no Brasil

16 de março de 2018
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Empresa terá 37 mil colaboradores diretos e indiretos. (iStock)

A Suzano anunciou hoje (16), na sede do Itaú BBA, em São Paulo, principal advisor financeiro do processo, a assinatura do acordo de fusão com a Fibria, que resultará na combinação dos ativos e bases acionárias das duas empresas.

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Para que a operação seja concluída, os próximos passos são a aprovação das assembleias de acionistas da Suzano e a análise e aprovação do CADE e de alguns órgãos reguladores do exterior, como Europa, Estados Unidos e China, já que a nova empresa terá grande participação nesses mercados.

Segundo o presidente Walter Schalka, depois da fusão a Suzano será a maior empresa do agronegócio brasileiro e a 5ª maior companhia não financeira do país, valendo R$ 83 bilhões.

Os números confirmam: a empresa terá 37 mil colaboradores diretos e indiretos, 11 unidades industriais, capacidade de produção anual de 11 milhões de toneladas de celulose e 1,4 milhão de toneladas de papel, volumes anuais de exportação de cerca de US$ 6,4 bilhões e investimentos para 2018 previstos em, aproximadamente, R$ 6,4 bilhões.

Conforme explicação do CFO Marcelo Bacci, os acionistas da Fibria receberão R$ 52,5 por cada ação ordinária da Suzano em parcela única, mais 0,4611 ação ordinária de emissão da companhia. Depois da conclusão da operação, as ações e ADRs (recibo de ações de empresas estrangeiras negociadas nas bolsas dos Estados Unidos) da Fibria deixarão de ser negociadas na B3 e na Bolsa de Nova York, e a Suzano lançará ADRs na bolsa norte-americana.

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Como resultado da operação, a estrutura acionária da empresa passará a ser a seguinte: 46,4% de acionistas controladores da Suzano, 11,1% do BNDESPAR, 5,6% da Votorantin e 36,9% dos demais acionistas. Bacci explica, ainda, que o acordo traz para o Brasil US$ 9,2 bilhões em financiamento das instituições financeiras internacionais BNP Paribas, J.P. Morgan, Mizuho e Rabobank.

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