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O idealizador da iniciativa é Mario Mello, 51 anos, conhecido no mercado por sua atuação como diretor geral da Paypal na América Latina e, antes, pela carreira bem-sucedida em outras multinacionais (aos 34 anos, já era vice-presidente executivo da Visa nos EUA). Recentemente, no entanto, ele concluiu que sua carreira como executivo havia cumprido um ciclo. Agora ele participa de fundos (como Valor Capital Group e Fircapital) e investe em startups. Seu grande foco é criar projetos que deixem um legado para a sociedade.
“A proposta do Poder do Voto é fazer um link entre seu Facebook, seu Twitter, seu Whatsapp e o do deputado federal ou senador em quem você votou”, resume. No app, o usuário pode marcar em quem votou (pessoa ou partido) e escolher áreas de interesse (saúde, segurança, educação etc.). Uma empresa especializada e auditada (para garantir isenção e apartidarismo) resume e contextualiza os próximos temas a serem votados no Congresso. Essa informação simplificada gera um debate envolvendo o político. “Quando você também formar sua opinião, informa no app se é a favor ou contra. O político decidirá se acompanha o desejo da maioria de sua base de eleitores ou não. Com o passar do tempo, eleitor e eleito poderão visualizar o quanto estão em sintonia, o quanto de fato ele está representando aqueles que o elegeram. O eleitor levará isso em conta nas eleições seguintes”, explica.
O caráter cidadão do aplicativo vai além. Ele não tem fins lucrativos e todo o trabalho é voluntário (nem o próprio Mello receberá pro-labore). Foi financiado até aqui com dinheiro próprio dos envolvidos (pessoas físicas e fundações), que já investiram R$ 500 mil. “Estamos buscando recursos (outros R$ 500 mil) para finalizar o app e lançá-lo ao público ainda este ano.” A meta do Poder do Voto é chegar a 50 milhões de downloads até março de 2019, com 10 milhões de clientes ativos.