Fundo de criptomoedas cai quase 30% em março

19 de abril de 2018

Crise é causada pelo aumento da fiscalização dos reguladores globais

Os fundos de criptomoedas caíram 29,2% em março, em meio a uma crise contínua causada pelo aumento da fiscalização dos reguladores globais dos ativos virtuais, de acordo com um novo índice lançado pelo provedor de dados BarclayHedge.

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O índice Barclay Cryptocurrency Traders caiu 43,1%o no ano, após três perdas mensais consecutivas das criptomoedas, afirmou o BarclayHedge ontem (18).

O Cryptocurrency Traders, iniciado em 2018, mede os retornos mensais de 19 fundos que negociam bitcoin e outras criptomoedas.

O bitcoin volátil atingiu o recorde histórico de pouco menos de US$ 20 mil em dezembro e, desde então, caiu para US$ 5.920. Hoje, foi negociado a US$ 8.232 na plataforma BitStamp.

As criptomoedas foram afetadas este ano por temores de uma repressão dos reguladores e preocupações de que eles estavam em uma bolha especulativa que agora está se esvaziando.

Dados do rastreador de dados de tecnologia financeira Autonomous NEXT confirmam a tendência de queda do mercado. “Houve uma desaceleração nas receitas da ICO [oferta inicial de moeda, na sigla em inglês] que acompanhamos – US$ 1 milhão ou mais –, com uma queda em fevereiro e uma ligeira recuperação em março em termos de arrecadação de fundos”, disse a Autonomous Next em relatório publicado esta semana.

Os ICOs são uma forma de arrecadação de fundos no qual as startups criam moedas ou fichas e as vendem para investidores.

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“Há definitivamente uma desaceleração em termos de ICOs desde março. Então, parece que a parte de financiamento público está ficando cada vez mais lenta, parecendo o verão do ano passado, e não o frenesi da queda/inverno”, disse a Autonomous Next, com base em Londres.

O número de novos fundos no rastreador de fundos de criptografia da empresa também cresceu modestamente em 2018.

A Autonomous Next disse que está rastreando 251 fundos de criptomoedas.

“O número não está crescendo tão rápido quanto esperávamos – em parte porque é um ambiente mais difícil de melhorar e, em parte, porque as pessoas estão sendo menos perspicazes sobre o que estão fazendo”, disse a empresa.