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O que a empresa descreve como um “mapa de realidade aumentada (RA)” é visto como crucial para aplicativos avançados que usam a tecnologia. Mas a maneira eficiente de coletar e processar dados para isso tem sido um problema que Google, Apple e dezenas de startups também estão tentando resolver.
“Queremos que os jogadores construam o tabuleiro do jogo que querem jogar”, disse Hanke, um veterano do mapeamento que trabalhou no Google Earth e no Google Street View. A gigante de buscas incubou e investiu na Niantic.
A indústria de tecnologia tem monitorado de perto a estratégia da startup desde que Pokémon Go tornou populares os recursos de realidade aumentada, permitindo que os usuários coletem criaturas virtuais que brotam na tela de seus celulares conforme eles se movimentam pelas ruas. O jogo já foi baixado mais de 800 milhões de vezes, segundo a Niantic.
Hoje, aplicativos de câmera podem renderizar digitalmente um Pokémon ou um balanço em um parque. Mas, com um mapa de realidade aumentada como base, alguém poderia criar novas estruturas virtuais e outros usuários poderiam visualizar o mesmo desenho.
O mapeamento começará com espaços públicos como parques e praças, disse Hanke, recusando-se a especificar quando isso acontecerá. Ele também não revelou como os mapas de realidade aumentada se encaixariam nos jogos da Niantic, que incluem, ainda, o próximo “Harry Potter: Wizards Unite”.
Os usuários então poderiam competir em um cenário de jogo atualizado, que pode ser compartilhado por jogadores próximos, mantendo um ciclo de dados novos e ajudando a Niantic a superar o dilema que tem atrasado produtores de mapas sem uma aplicação comercial.
Hanke diz que a Niantic permitirá que desenvolvedores terceirizados usem seu mapa de realidade aumentada – iniciativa que os executivos da indústria estimam que pode se tornar parte de um negócio global multibilionário.
Porém, os direitos de privacidade e de proteção de dados podem representar obstáculos, disse Brendan Wallace, sócio-gerente do grupo de investimento Fifth Wall Ventures, que conecta proprietários de imóveis e empresas de tecnologia. O Pokémon Go, por exemplo, criou uma série de processos jurídicos por perturbação pública, disse Wallace.