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As manifestações estão no nono dia, provocando desabastecimento de combustíveis, alimentos e outros produtos em grande parte do país. Tais protestos têm impedido, também, o transporte do café em grão até as torrefadoras ou aos portos, bem como o escoamento do produto industrializado.
O mais recente Índice de Oferta de Café para a Indústria (IOCI), divulgado hoje pela Abic e referente à semana passada, mostra que a disponibilidade do produto voltou a ficar seletiva, ou seja, não há oferta regular para as empresas.
Em abril, a disponibilidade de café para a indústria foi considerada normal pela primeira vez em mais de um ano.
Conforme Herszkowicz, a “situação inusitada, nunca vista na história do café”, agravou-se a partir de quinta-feira (24), gerando perdas de “R$ 60 milhões a R$ 70 milhões por dia” em cafés que deixam de ser exportados ou comercializados no varejo brasileiro.
A Abic conta em seu quadro com cerca de 1.300 indústrias de café no Brasil.
Os protestos dos caminhoneiros ocorrem às vésperas do início de uma safra que promete ser recorde no Brasil. Graças à bienalidade positiva do arábica, o país deve produzir cerca de 58 milhões de sacas neste ano, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Como resultado, a expectativa também é de que o Brasil recupere neste ano suas exportações.