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O acordo anunciado ontem (25) veio no último dia de uma carência de 30 dias, após a Odebrecht ter perdido o prazo inicial para pagar uma dívida de R$ 500 milhões. Parte dos novos recursos serão usados justamente para pagar essa dívida, parcela dela detida por investidores, evitando assim uma eventual antecipação em cascata de outros vencimentos do grupo.
Pelo acordo, Itaú Unibanco e Bradesco concederão o novo empréstimo, cujo acerto envolveu concordância de Banco do Brasil, Santander Brasil e BNDES sobre garantias de ações da Braskem, em financiamentos anteriores cedidos pelos bancos.
Dos recursos do financiamento, R$ 1,7 bilhão serão concedidos de imediato e a empresa vai usar o crédito para pagar bônus internacionais emitidos pela Odebrecht Engenharia e Construção (OEC), a empreiteira do grupo.
A Reuters havia publicado anteriormente, citando fontes, que a Odebrecht tinha conseguido o acordo com os bancos, garantindo mais um ano para pagar outros empréstimos.
Segundo as fontes, a fatia de 38,3% da Odebrecht na Braskem servirá como garantia colateral para mais de R$ 10 bilhões, incluindo o novo desembolso. A Odebrecht tem 50,11% das ações com direito a voto da Braskem e 22,91% dos papéis preferenciais. Segundo dados da Thomson Reuters, a Braskem fechou ontem com valor de mercado de R$ 38,4 bilhões. As ações da petroquímica caíram 2% ontem.
“A conclusão da negociação com os bancos traz mais segurança à Odebrecht para honrar seus compromissos financeiros, inclusive os decorrentes dos acordos assinados com as autoridades no âmbito do seu acordo de leniência”, disse o grupo em comunicado.