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A análise antimonopólio era o maior e último obstáculo para a venda bem-sucedida da Toshiba Memory, a segunda maior produtora mundial de chips NAND.
A aprovação do acordo veio em um momento de tensão comercial entre a China e os Estados Unidos, que tem alimentado temores de que Pequim adiaria as revisões dos principais acordos globais de chips. Liu He, confidente de Xi Jinping, está atualmente em Washington para discutir a disputa comercial.
A Toshiba informou em um breve comunicado que espera que o acordo seja concluído em 1º de junho.
Um representante da Administração Estatal da China para a Regulamentação do Mercado disse, no início do dia que, não estava ciente da situação e não fez mais comentários. Um representante da Bain não estava disponível para comentar.
A revisão prolongada alimentou especulações de que a Toshiba poderia abandonar o negócio e buscar planos alternativos, como uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da unidade.
A aprovação do consórcio Bain pode aumentar as esperanças de que Pequim também dê luz verde para a proposta da Qualcomm de US$ 44 bilhões pela rival NXP Semiconductors. Fontes com conhecimento do assunto disseram à Reuters na terça-feira (15) que ainda não houve nenhum avanço concreto na China.
O consórcio da Bain inclui a fabricante de chips sul-coreana SK Hynix, Apple Inc., Dell Technologies, Seagate Technology e Kingston Technology.
Se a aprovação não tivesse sido concedida, a Toshiba teria a opção de desistir. A empresa não está mais desesperada por dinheiro, depois de uma nova emissão de US$ 5,4 bilhões para investidores estrangeiros no final do ano passado, enquanto alguns acionistas ativistas se opõem à venda, argumentando que ela subestima o valor da unidade significativamente.
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Mas os credores da Toshiba, incluindo os principais bancos, estão ansiosos para que o acordo prossiga, dizendo que a empresa por si só não é capaz de arcar com o enorme investimento de capital necessário para acompanhar rivais como a Samsung Electronics .