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Segundo Piotto, parte “fundamental” da decisão que motivou a escolha do conselho de administração da CCR foi a experiência de Vianna como diretor de novos negócios da empresa desde 2002.
“A estratégia da companhia segue a mesma. O mercado não deve esperar surpresas sobre linhas de negócios. [A indicação de Vianna] é a solução que foi decidida pelo conselho baseado em uma série de fatores e levando em consideração, principalmente, o desafio de oportunidades de negócios no médio prazo”, disse Piotto em teleconferência com analistas do mercado.
“O mercado não deve aguardar mudanças nos setores atuados pela companhia”, acrescentou o executivo.
Piotto porém, evitou fazer comentários sobre o estágio atual das investigações internas em torno de citações da empresa por delatores da operação Lava Jato, afirmando que um comitê independente criado pela CCR em março para apurar suposto envolvimento do grupo em esquema de corrupção ainda não concluiu suas análises.
A mudança na gestão da empresa, maior companhia de concessões de infraestrutura de transporte do país, também ocorre em meio a rumores de que o grupo Andrade Gutierrez, um dos envolvidos nas denúncias da Lava Jato, estaria negociando venda de sua participação de cerca de 15% na concessionária. Piotto não se manifestou sobre os rumores, mas frisou que a escolha de Vianna ocorreu “em caráter definitivo, que não é um mandato tampão”.
Segundo o executivo, um dos principais desafios do novo presidente à frente da CCR será a renovação do portfólio de concessões a vencer da companhia, como a rodovia Presidente Dutra, cujo contrato vence em 2021.
“Existe enorme carência de projetos para atualização da infraestrutura brasileira onde já atuamos, portanto a estratégia é continuar a expandir o portfólio dentro das linhas de negócios atuais”, disse Piotto, que por sua vez é diretor financeiro da CCR desde 2007.