Copa alavanca lucro da Ambev em 9,7%

26 de julho de 2018
iStock

Com exceção do Canadá, a Ambev registrou aumento na receita em todas as regiões onde atua

A Ambev teve lucro líquido ajustado de R$ 2,35 bilhões no segundo trimestre, alta de 9,7% ante mesmo período de 2017, puxado por aumento de dois dígitos na receita líquida, com maiores vendas de cerveja durante a Copa do Mundo. Sem ajuste, o lucro foi R$ 2,424 bilhões, alta de 14,1%, disse a gigante de bebidas hoje (26).

VEJA TAMBÉM: Ambev tem lucro líquido de R$ 2,598 bilhões no 1º trimestre

O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 15%, para R$ 4,53 bilhões, com margem Ebitda de 39,4%, alta de 1,8% sobre um ano antes.

A receita líquida cresceu 12,1% em doze meses para R$ 11,5 bilhões, com avanço de 2,6% no volume vendido e de 8,6% na receita líquida por hectolitro (ROL/hl). No Brasil, o crescimento da receita foi de 9,3%, com o volume crescendo 1,5% e a receita por hectolitro avançando 7,7%.

Com exceção do Canadá, com queda de 2% na receita líquida, a Ambev registrou aumento na receita em todas as regiões onde a empresa atua. Na América Central e Caribe a receita líquida subiu 16,2%, enquanto na América Latina Sul o avanço foi de 25,6%.

No Brasil, as vendas de cervejas voltaram a crescer, depois de um início de ano fraco. “Apesar da greve dos caminhoneiros, conseguimos entregar um aumento de 1,7% do volume, em parte suportado pela Copa do Mundo da Fifa 2018”, disse a Ambev.

As vendas de bebidas não alcoólicas no país subiram 1% no trimestre, com avanço de 9,2% na receita por hectolitro, e expansão de 10,2% na receita líquida.

LEIA: Lucro líquido ajustado da Ambev sobe 23,2% no 4º trimestre

A empresa disse que continua confiante em relação as operações no Brasil, embora o cenário no país ainda seja “desafiador e volátil”.

O custo dos produtos vendidos pela Ambev em todos os seus mercados subiu 8,4% no trimestre, impactado pela inflação na Argentina e preços mais elevados das commodities, parcialmente compensados por um câmbio mais favorável no Brasil e em outros países do sul da América Latina.

A Copa do Mundo também foi em grande parte responsável pelo aumento das despesas com vendas, gerais e administrativas, que avançaram 11,3%, devido à concentração das despesas de marketing relacionadas ao evento esportivo.

O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 1,05 bilhão, 50% maior do que um ano antes, devido a maiores perdas com instrumentos derivativos e não derivativos.

O fluxo de caixa operacional subiu 45,6% para R$ 3,52 bilhões no segundo trimestre, com investimentos de 805 milhões de reais, alta de 7,2%. A empresa fechou junho com posição líquida de caixa de R$ 5,77 bilhões e dívida consolidada de R$ 4,86 bilhões.