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Segundo o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, o lucro do primeiro semestre (R$ 4,7 bilhões), ante R$ 1,3 bilhão no mesmo período de 2017, foi o melhor para o período desde 2014 e foi impulsionado por venda de participações em empresas, redução em provisão de risco e intermediação financeira. A inadimplência acima de 90 dias do banco fechou o primeiro semestre em 1,45% ante 2,08% um ano antes.
“A justificativa principal para a venda foi o enquadramento a 25% do patrimônio de referência que é o nosso limite de exposição”, declarou Oliveira. “Com essa movimentação, estamos enquadrados e uma folga até 2021”, adicionou o diretor da área jurídica, Marcelo Siqueira.
A carteira de participações do BNDES no fim de junho baixou para R$ 69 bilhões ante R$ 75 bilhões no fim de março. A meta do banco para 2018 é vender ao menos R$ 10 bilhões da sua carteira de participações.
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Oliveira disse esperar um segundo positivo para o banco.”As perspectiva são boas porque acreditamos que o provisionamento para risco de crédito continuará baixo, estamos fazendo grande esforço de redução de tempo para contratação de recursos e a redução da burocracia deve resultar em volume maior de desembolso e contratação”, disse ele.
Em 2018, o BNDES vai pagar até 60% de dividendo ao governo. A partir do ano que vem, o percentual será de no máximo 25%. O novo limite faz parte do acordo costurado com a Fazenda para o novo cronograma de devolução de empréstimos ao banco feitos pelo Tesouro nos últimos anos.
O BNDES devolveu R$ 60 bilhões este ano e deve devolver outros R$ 70 bilhões. No fim do ano, o passivo do BNDES com o Tesouro ainda será de quase R$ 300 bilhões.