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Segundo duas fontes ouvidas pela reportagem, o presidente-executivo do Carrefour, Alexandre Bompard, e o presidente-executivo do Casino, Jean-Charles Naouri, se reuniram em 12 de setembro para discutir uma gama de oportunidades para os dois. No entanto, uma fonte do governo francês disse que o governo — que normalmente se espera é notificado sobre transações como essa — não estava ciente de qualquer negociação de fusão entre as empresas.
Analistas disseram que qualquer fusão entre o Carrefour e o Casino deve atrair um exame minucioso de órgãos reguladores da concorrência, já que o Carrefour é a segunda maior rede da França, com 20% de participação de mercado, e o Casino tem quase 12%.
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O Casino, cujas ações caíram neste ano devido a preocupações com sua dívida, disse que foi contatado pelo Carrefour nos últimos dias sobre uma possível união, acrescentando que seu conselho de diretores se reuniu no domingo e “unanimemente” decidiu rejeitar a abordagem.
No entanto, o Carrefour — que, como o Casino, tem um grande negócio no Brasil — negou qualquer abordagem, dizendo em um comunicado que estava surpreso de que o conselho de administração do Casino poderia considerar “uma proposta de fusão que não existe”.
“As dificuldades enfrentadas pelo Casino e seu acionista controlador não justificam as comunicações inoportunas, enganosas e infundadas”, afirmou o Carrefour.