Dólar abre em alta de 0,46% cotado a R$ 4,0888

21 de setembro de 2018
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Cotação segue influenciada por cenário externo e política nacional

O dólar subia ante o real na manhã de hoje (21), com uma tentativa de correção após recuar 1,70% nos dois pregões anteriores sob influência do mercado internacional, em dia de queda de divisas emergentes. Mais cedo, a moeda caiu à mínima de R$ 4,0602, influenciada por mais uma pesquisa de intenção de votos reforçando Fernando Haddad (PT) na segunda colocação e maior força de Jair Bolsonaro (PSL), no segundo turno. O preço da moeda, no entanto, atraiu compradores. O Ibovespa, índice da B3, começou o dia em alta de 0,58%, com 78.752 pontos.

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Às 10h19, o dólar avançava 0,54%, a R$ 4,0935 na venda, depois de terminar a véspera com o menor preço em quase um mês, a R$ 4,0717. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,33%. “Pesquisa XP deu uma animada, principalmente em relação ao segundo turno. Mas não há espaço para a moeda cair abaixo de R$ 4,05. Há uma resistência, atrai compradores”, comentou a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares.

Levantamento semanal da XP Corretora/Ipespe com as intenções de votos à Presidência da República mostrou que Bolsonaro segue na liderança, com 28% das intenções de votos, ante 26% antes, enquanto Haddad está na segunda colocação, com 16% (11% antes). Ciro Gomes (PDT), que na pesquisa anterior tinha 12 pontos, oscilou para 11 pontos. No segundo turno, Bolsonaro tem 41% das intenções e votos, um ponto a mais do que no levantamento anterior, enquanto Haddad se manteve com 38%. Além disso, o levantamento mostrou que a rejeição de Haddad é de 60%, maior do que a de Bolsonaro, de 57%.

“Ainda é tudo muito incerto… De todo o modo, acho que a governabilidade do país será complicada no próximo governo, seja quem for eleito”, acrescentou Miriam.

Na próxima semana, novas pesquisas são aguardadas, entre elas a do Ibope, na segunda-feira.

Na abertura, o dólar tentou engatar uma correção ao recuo de 1,70 dos dois últimos pregões ajudado pelo exterior, em dia de alta da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes. Chegou a ir até a máxima de R$ 4,0901, mas acabou voltando com as pesquisas.

O dólar também subia ante a cesta de moedas fortes, em dia de destaque para o recuo da libra, depois que líderes da União Europeia alertarem a primeira-ministra Theresa May que estão prontos para um não-acordo Brexit se ela não ceder terreno no comércio e na fronteira irlandesa até novembro.

Em pronunciamento, May declarou que é melhor ficar sem acordo do que fazer acordo ruim com UE sobre Brexit e que o Reino Unido vive “impasse” nas negociações.

O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão leilão de até 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de outubro, no total de US$ 9,801 bilhões.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.