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“Mesmo que se fale sobre o amadurecimento do mercado de luxo, o que eu vejo é que existem certos bolsões em que o segmento se mantém aquecido”, observa Stephanie Anton, presidente da Luxury Portfolio International, de Chicago. “Os números mostram que os compradores de imóveis da Ásia, do Oriente Médio e da Europa têm uma grande intenção de novas aquisições e ainda consideram imóveis um bom investimento”, acrescenta.
Quem vai comprar e vender imóveis nos próximos três anos? Mundialmente, 38% estão interessados em comprar, em comparação com apenas 23% que querem vender.
Na América do Norte, 30% pretendem comprar, e 25% querem vender. A Europa tem 35% de interessados em comprar e 17% em vender.
Na Ásia, onde países como a China têm investido fortemente em luxo, o setor imobiliário dos EUA salta para 68% com interesse em comprar, e 18% em vender. Claramente, os asiáticos gostam de investir a longo prazo. O Oriente Médio tem 71% que desejam comprar nos próximos três anos, e 63% que pretendem vender. Entrar e sair de imóveis rapidamente é o que os investidores de lugares como Dubai, Arábia Saudita e Kuwait parecem preferir.
“O relatório mostra que nossa mensagem sempre precisa ser internacional. Também precisamos nos concentrar mais na Ásia e nos certificar de que o nosso posicionamento na internet esteja no melhor alcance. Gastar dinheiro com marketing no mercado asiático faz sentido”, diz Tripti Kasal, vice-presidente sênior de vendas residenciais da Baird & Warner, membro da Luxury Portfolio International. Kasal, que lidera o “Warner’s Luxury Living Program”, passou mais de 25 anos vendendo imóveis de luxo em Chicago. “Eu continuamente vejo compradores jovens, mesmo aqueles com famílias formadas, que querem um estilo de vida urbano. O relatório confirma isso”, acrescenta Kasal.
É interessante como a propriedade dos imóveis, um indicador de riqueza, é diferente, geográfica e culturalmente. O relatório analisa: “O que significa lar em todo o mundo.” Globalmente, 35% acreditam que o setor imobiliário é o significante mais óbvio da riqueza. É provável que os europeus (44%) vejam uma casa como determinante de riqueza, segundo o relatório.
A pesquisa também analisou “tendências domésticas entre os principais compradores de luxo”. Os compradores da faixa de US$ 1 milhão a US$ 4 milhões representaram 80% dos “interessados em imóveis de luxo”, segundo o estudo. Um tema da América do Norte à Europa, Oriente Médio e Ásia é o estilo arquitetônico e a localização urbana, que importa para todos. Uma localização urbana é mais importante para 71% dos compradores do Oriente Médio e 76% da Ásia.
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À medida que os mercados sobem e descem, uma coisa permanece: o interesse mundial na propriedade imobiliária. Ron Shuffield, presidente da EWM Realty International, afiliada da Berkshire Hathaway e membro da Luxury Portfolio International, vendeu imóveis de luxo no sul da Flórida por mais de 30 anos. “Eu vejo uma série de tendências”, observa Shuffield. “Os pais estão dando sua heranaça para seus filhos mais cedo do que costumavam. Os compradores mais jovens têm meios para comprar propriedades de luxo hoje em dia”. A casa da família continua sendo a principal, especialmente, quando se trata de criar memórias para a vida toda.
“Nós vemos mais e mais compradores que querem comprar casas onde a família possa passar feriados e férias anuais. E, assim, essas casas são herdadas de geração em geração”, acrescenta Shuffield.