Enquanto vamos nos acostumando a 2019, muita gente se pergunta como será a evolução do local de trabalho em termos de igualdade de gênero nos próximos 12 meses.
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Se olharmos no retrovisor, 2018 nos dá um contexto importante para entender de onde acabamos de sair. A cada ano, a Fairygodboss publica um levantamento com o resumo de análises anônimas de funcionárias mulheres, discussões na comunidade e pesquisas exclusivas.
Embora o ano passado tenha sido anunciado como “O Ano da Mulher”, o relatório mais recente mostrou que o progresso foi desigual. Apenas 57% das mulheres que participam da Fairygodboss relataram uma melhoria na igualdade de gênero. Em algumas empresas, particularmente aquelas com melhores classificações por parte das usuárias da plataforma, no entanto, houve relatos de evolução.
O último ano também foi o momento em que todos os olhares estavam focados na questão do assédio sexual, graças a escândalos envolvendo celebridades e importantes executivos. No que diz respeito a este tema especificamente, 70% das mulheres entrevistadas sentiram que o movimento #MeToo não causou impacto em seus locais de trabalho.
Veja, na galeria de imagens a seguir, 5 previsões para o mercado de trabalho feminino com base nos acontecimentos de 2018:
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GettyImages 1. Mais empregadores começarão a promover ações para melhorar a diversidade de gênero no trabalho por perceberem tratar-se de um imperativo comercial
Esse esforço do empregador pode vir na forma de novas vagas voltadas ao público feminino, formação de grupos com recursos exclusivos para as mulheres ou simplesmente na melhoria dos benefícios e das políticas criadas para atrair e retê-las.
Há três anos, a maior parte dos empregadores reconhecia que a igualdade de gênero era uma questão moral, mas poucos perceberam plenamente o quanto é uma questão de negócios. O que as mulheres pensam é importante para todos os proprietários de empresas que estão de olho nos resultados e na retenção de funcionários. Isso porque os profissionais que relatam níveis mais altos de igualdade de gênero também tendem a relatar maior satisfação no trabalho.
Descobriu-se que uma maior satisfação no trabalho feminino está correlacionada com três fatores: maior licença maternidade remunerada, níveis mais altos de flexibilidade e maior representatividade feminina nos cargos de liderança.
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GettyImages 2. Os funcionários tenderão a se organizar com mais frequência e mais eficiência para criar mudanças
Há alguns anos existe, por parte dos funcionários, a tendência de usarem suas vozes e compartilharem informações sobre a cultura de seus empregadores em sites de avaliação, mas, no ano passado, mais profissionais se organizaram na forma de greves públicas e cartas abertas para a gerência.
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GettyImages 3. O assédio sexual continuará a ser notícia
Questões de assédio sexual envolvendo profissionais com altos cargos permanecerão nas manchetes, já que jornalistas e vítimas estão se sentindo cada vez mais apoiados pela opinião pública. Isso criará discussões no local de trabalho, mas muitos empregadores provavelmente continuarão a fazer mudanças de maneira muito lenta – a menos que sua empresa esteja sob investigação.
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GettyImages 4. A representação feminina historicamente sem precedentes nos congressos e no centro das atenções políticas pode resultar em mudanças legislativas mais favoráveis às mulheres – e ajudá-las a terem mais sucesso no trabalho
O sucesso profissional das mulheres ainda se baseia em normas culturais quando se trata da divisão do trabalho doméstico. Apesar de 40% dos lares norte-americanos com crianças serem liderados por mulheres que provêm o sustento, elas ainda suportam desproporcionalmente a carga das tarefas domésticas quando voltam para casa ao final do expediente. Portanto, as políticas de assistência à infância ou à licença familiar podem ter um enorme impacto sobre o sucesso e a composição da liderança feminina.
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GettyImages 5. As mulheres continuarão a ver progressos nos conselhos
Houve alguns avanços para as mulheres nos conselhos de administração nos últimos dois anos, além de incursões das afro-americanas e asiáticas, em particular. Segundo estudo da Alliance for Board Diversity, as mulheres afro-americanas, de origens asiáticas e das ilhas do Pacífico progrediram em termos de representação no conselho em companhias que fazem parte da Fortune 500.
1. Mais empregadores começarão a promover ações para melhorar a diversidade de gênero no trabalho por perceberem tratar-se de um imperativo comercial
Esse esforço do empregador pode vir na forma de novas vagas voltadas ao público feminino, formação de grupos com recursos exclusivos para as mulheres ou simplesmente na melhoria dos benefícios e das políticas criadas para atrair e retê-las.
Há três anos, a maior parte dos empregadores reconhecia que a igualdade de gênero era uma questão moral, mas poucos perceberam plenamente o quanto é uma questão de negócios. O que as mulheres pensam é importante para todos os proprietários de empresas que estão de olho nos resultados e na retenção de funcionários. Isso porque os profissionais que relatam níveis mais altos de igualdade de gênero também tendem a relatar maior satisfação no trabalho.
Descobriu-se que uma maior satisfação no trabalho feminino está correlacionada com três fatores: maior licença maternidade remunerada, níveis mais altos de flexibilidade e maior representatividade feminina nos cargos de liderança.