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Ghosn também está disposto a permanecer em Tóquio, onde alugou um apartamento, e a usar ações que possui da Nissan como garantia, segundo sua porta-voz. Uma nova audiência de fiança está prevista para esta semana, depois que um pedido anterior foi negado, em parte devido a preocupações de que o executivo pudesse fugir.
À medida que a prisão do executivo continua a comprometer a perspectiva para a aliança da Nissan com a francesa Renault e a Mitsubishi Motors, a Nissan disse que não é hora de discutir a revisão dos laços entre os parceiros.
Ghosn, que liderou a recuperação da Nissan duas décadas atrás, pressionava por uma aliança mais profunda entre a Nissan e a Renault, incluindo uma possível fusão completa, apesar de fortes ressalvas por parte da empresa japonesa.“Nós não estamos no momento para discussões do tipo”, disse hoje (21) o CEO da Nissan, Hiroto Saikawa, a repórteres.
Saikawa também disse não ter ouvido diretamente sobre uma suposta proposta francesa para integrar a administração da montadora japonesa com a Renault, acrescentando que não é hora de discutir a revisão dos laços entre os parceiros.
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Segundo a emissora pública japonesa “NHK”, o ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, disse a jornalistas que uma proposta de integração “não está sobre a mesa agora”.
Uma fonte com conhecimento do funcionamento da Nissan disse que a suposta proposta francesa não “faz sentido”, dada as diferentes culturas das duas empresas, a menor produtividade da Renault e a maior contribuição da Nissan para tecnologias-chave.“É uma fusão virtual, eu não acho que faça sentido”, disse a fonte acrescentando que não ouviu diretamente sobre uma proposta do tipo.