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O executivo destacou que se espera um crescimento da demanda por cobre, importante metal para a estrutura dos carros elétricos, que deverão cada vez mais substituir veículos movidos a combustíveis fósseis, segundo apostas do mercado. A empresa, que já tem ativos importantes de cobre no Chile, se prepara para iniciar a produção da commodity em sua mina Quellaveco no Peru em 2022, com produção prevista de 300 mil toneladas equivalentes por ano. Com vida útil esperada de 30 anos, a Quellaveco oferece potencial de expansão que, em combinação com outras oportunidades de crescimento orgânico, coloca a Anglo American no caminho de produzir mais de 1 milhão de toneladas de cobre por ano no médio prazo, segundo a empresa.
No Brasil, a empresa obteve centenas de autorizações para prospecção de cobre em uma região remota ao norte do Brasil, nos Estados de Mato Grosso e Pará. “(O cobre no Brasil) é promissor, mas a gente precisa avançar ao longo de 2019 com bastantes programas de sondagem para poder ter certeza de que a gente tem um grande depósito nas mãos”, pondera Fernandes, explicando que durante este ano a empresa vai realizar perfurações para comprovar viabilidade técnica e comercial.
Fernandes destaca que um projeto de mineração demora anos até que entre em operação, considerando tempo de exploração, engenharia, análise ambiental, dentre outras etapas.
Fernandes deixa o Brasil após solucionar uma importante crise com a paralisação de meses do mineroduto do sistema Minas-Rio, que transporta seu minério de ferro por mais de 500 quilômetros de Minas Gerais até um porto no Rio de Janeiro, após vazamentos. As operações foram retomadas em dezembro, e a empresa também obteve licença para expandir o Minas-Rio para a capacidade nominal de 26,5 milhões de toneladas, o que deve acontecer até o fim de 2020. “O grande objetivo era deixar o Minas-Rio pronto para chegar na capacidade nominal de 26,5 milhões de toneladas. Resolver o problema do mineroduto, que foi uma coisa que a gente não esperava que acontecesse, mas aconteceu, para deixar toda a empresa, todo o negócio bem estruturado, bem robusto”, afirma.