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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 2,29%, a 94.443,88 pontos.
O giro financeiro no pregão somou R$ 24,65 bilhões, com os papéis da mineradora respondendo pelo maior giro do dia, de R$ 8,15 bilhões. As ações da Vale também tiveram o maior volume de negócios desde a estreia na bolsa paulista.
Antes de as ações da mineradora começarem a ser negociadas (elas ficaram em leilão de abertura por mais de 20 minutos), o Ibovespa chegou a renovar recorde intradia, a 97.936,82 pontos.
“A bolsa reflete basicamente o desempenho da Vale. Excluindo o comportamento da ação, o Ibovespa operaria próximo da estabilidade”, destacou o gestor Igor Lima, sócio na Galt Capital, acrescentando que o declínio da mineradora superou as estimativas de queda de alguns agentes de mercado e gerou um aumento da aversão ao risco de forma geral.
“Ao mesmo tempo, a reação do governo e outros agentes públicos ao acidente tem sido bem mais forte que o episódio da Samarco (dada a magnitude da tragédia humana). Essa reação traz bastante incerteza ao tamanho da punição financeira que atingirá a Vale, inclusive pela reincidência. Qualquer comparação com a multa/indenização do episódio da Samarco parece precipitada”, afirmou o gestor.
O desastre de Brumadinho ocorre pouco mais de três anos após uma barragem da Samarco (joint venture da Vale e da anglo-australiana BHP) se romper, em Mariana (MG), deixando 19 mortos, centenas de desabrigados e poluir o rio Doce por quilômetros, até o mar do Espírito Santo.