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No texto, o fundador e CEO da gigante Amazon e homem mais rico do mundo conta que empreendeu ele mesmo uma investigação contra o National Enquirer para descobrir como o tabloide teve acesso às suas mensagens pessoais. Em reação à apuração empreendida por Bezos, o diretor de conteúdo da American Media Inc. (AMI) entrou em contato com os advogados do empresário e ameaçou publicar fotos íntimas de Bezos e de Sanchez.
Em vez de sucumbir ao que classifica como tentativa de chantagem, Jeff Bezos escolheu expor as mensagens recebidas do tabloide, incluindo com os endereços de e-mail e números de telefone dos representantes da AMI.
“É claro que não desejo ter fotos pessoais publicadas, mas também não vou participar dessa conhecida prática de chantagem, troca de favores políticos, ataques e corrupção da AMI. Eu prefiro ficar de pé e ver os que rastejam”, escreveu Bezos. Procurada, a AMI não respondeu à reportagem da FORBES.
Além de David Pecker, um dos e-mails enviados para a equipe jurídica de Bezos foi disparado por Jon Fine, vice-conselheiro geral da AMI que está na empresa há apenas quatro meses e que, segundo seu perfil no LinkedIn, trabalhou na Amazon por nove anos em diversos cargos, de novembro de 2008 a janeiro de 2015, incluindo o de conselheiro geral associado e, mais recentemente, como diretor da equipe de relações com autores e editoras.
Opinião de especialista
Elena Fast, advogada de defesa criminal do escritório de advocacia Blanch, com sede em Nova York, não acredita que os dois e-mails sejam legalmente qualificados como chantagem ou extorsão. “Foram escritos de modo muito inteligente, muito esperto”, diz Fast. “Normalmente, aqueles que buscam extorquir outros são indivíduos com algum tipo de informação embaraçosa na manga. Não há uma ameaça explícita. Há certamente… a implicação disso, mas nada explícito o suficiente para falarmos em delito criminal, na minha opinião.”
As ações da Amazon fecharam ontem (7) a US$ 1.614,37, queda de 1,6%. De acordo com a Forbes Real-Time Rankings, Bezos encerrou o dia US$ 2 bilhões mais pobres. No entanto, ele ainda é o homem mais rico do mundo, com um patrimônio líquido que a FORBES fixa em US$ 133,5 bilhões.