Ações da Bayer caem após derrota em caso de Roundup

14 de maio de 2019
iStock

Papéis da empresa chegaram a recuar 5% após multa de US$ 2 bilhões

As ações da Bayer chegaram a recuar até 5% hoje (14), depois que um casal da Califórnia recebeu decisão favorável em um caso de US$ 2 bilhões, maior penalidade legal dos Estados Unidos, por alegações de que o herbicida Roundup foi responsável por causar câncer.

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Os valores dos papeis da empresa tiveram seu menor nível de fechamento em quase sete anos, ainda que a punição tenda a ser reduzida por conta de uma decisão da Suprema Corte norte-americana, que limita a proporção de indenizações compensatórias a 9:1.

O júri estabeleceu a punição total em US$ 2 bilhões e acrescentou um pagamento compensatório de US$ 55 milhões, concluindo que o Roundup -herbicida feito com glifosato – foi desenvolvido de maneira defeituosa, e que a empresa falhou em alertar sobre o alegado risco de câncer.

As ações fecharam em baixa de cerca de 2%, a € 55,33.

A Bayer afirmou em comunicado ontem (13) que estava decepcionada com o veredicto e que apelaria. Um porta-voz classificou a decisão do júri como “excessiva e injustificável”.

Foi o terceiro veredicto consecutivo de um júri norte-americano relacionado ao herbicida da empresa, que a Bayer adquiriu como parte de sua compra de US$ 63 bilhões da Monsanto no ano passado.

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Herbicidas à base de glifosato são amplamente utilizados no Brasil, especialmente em lavouras transgênicas.

A agência de proteção ambiental dos EUA reafirmou, neste mês, que o glifosato é seguro. A agência de químicos da Europa e outros reguladores no mundo também já disseram que o pesticida provavelmente não é cancerígeno.

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