Google vê concorrência em publicidade esquentar

2 de maio de 2019

Cerca de 85% da receita da empresa vem do negócio de anúncios

O Google, maior plataforma de publicidade digital dos Estados Unidos, está enfrentando o aumento da concorrência de sites onde as pessoas compram produtos e lugares que são pensados para serem livres de conteúdo potencialmente ofensivo, disseram anunciantes.

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As ações da Alphabet caíram 7,5% hoje (2), um dia depois que a empresa registrou o menor crescimento de receita trimestral em três anos. Cerca de 85% da receita da empresa vem do negócio de anúncios do Google.

“Uma palavra: Amazon”, disse Mat Baxter, presidente-executivo global da Initiative, uma agência de compra de anúncios de propriedade da IPG Mediabrands cujos clientes incluem a Amazon.

Baxter disse em uma entrevista que os clientes estão começando a movimentar o dinheiro investido em anúncios de plataformas onde as pessoas pesquisam produtos para lugares como a Amazon, onde já estão realizando a compra, para estarem mais próximos do momento da transação.

Monica Peart, diretora de previsões da empresa de pesquisa eMarketer, ofereceu uma visão diferente. “A Amazon é, naturalmente, uma parte crescente dos orçamentos de publicidade dos anunciantes e parte do seu crescimento está chegando às custas do que teria ido para o Google. Mas esse não é um grande impacto no crescimento da receita publicitária do Google no momento”, ela disse.

O enorme tamanho do Google, que ainda teve receita de US$ 36,3 bilhões no primeiro trimestre, significa que o crescimento deve desacelerar à medida que os orçamentos globais de anúncios digitais e as economias internacionais também diminuem, disse Peart.

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O negócio de anúncios da Amazon, que é combinado em um segmento de “publicidade e outras vendas”, trouxe US$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre, menos de um décimo das vendas de anúncios do Google.

A plataforma de vídeos do Google, YouTube, também tem lutado para impedir a propagação de conteúdo adulto ou perturbador no site, levando alguns anunciantes importantes, incluindo a AT&T a remover seus anúncios por medo de aparecerem ao lado de conteúdo ofensivo.

“Alguns clientes tomaram a decisão de recuar um pouco”, disse Jon Stimmel, diretor de investimentos da Universal McCann, uma agência de compra de anúncios e uma unidade da IPG Mediabrands, referindo-se ao YouTube. Esses clientes se reposicionaram em plataformas de streaming consideradas mais seguras, como Hulu e Roku, disse.

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