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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,75%, a 90.024,47 pontos, fechando no menor nível do ano. O volume financeiro somou R$ 17,3 bilhões.
“Isso tumultua o processo”, afirmou o chefe da mesa de renda variável do BTG Pactual digital, Jerson Zanlorenzi. No entanto, ele não observou ainda nenhum evento que considere um “divisor de águas”, capaz de dizimar expectativas de aprovação da reforma, que a equipe do banco espera para julho.
Zanlorenzi chamou a atenção para o efeito negativo na economia decorrente desse atraso. “Os empresários estão receosos de tomar risco”, afirmou.
A pauta macroeconômica tem desapontado sucessivamente, com o dado mais recente, o IBC-BR do Banco Central, espécie de sinalizador do PIB, mostrando retração no primeiro trimestre do ano, enquanto economistas têm cortado seguidamente as projeções para o crescimento em 2019.
O cenário externo também se complicou, conforme a reviravolta nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China adicionou temores sobre os potenciais efeitos no ritmo da economia global, que também passa por processo de desaceleração.
Nesta quinta-feira, contudo, Wall Street fechou no azul, encontrando suporte em resultados corporativos, notadamente os números do Walmart e da Cisco Systems, além de dados melhores sobre novas moradias nos EUA. O S&P 500 avançou 0,9%.
“As tensões seguem elevadas, e poucos avanços foram feitos desde a semana passada. Enquanto a situação perdurar, a percepção de risco global deve permanecer alta”, disse a XP em nota a clientes.
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