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Os ganhos do dólar se deram num dia de forte alta no cupom cambial – taxa de juros em dólar que serve como referência para a percepção de liquidez no mercado. A taxa chegou a alcançar o maior nível desde 9 de maio, depois de fortes saídas de recursos nos últimos dias.
O dólar à vista subiu 0,69%, a R$ 3,8528 na venda. É o maior nível desde 18 de junho (3,8597 reais) e a maior valorização desde o último dia 14 (1,16%). Na B3, o dólar futuro se apreciava 0,65%, para R$ 3,8500.
O mercado correu para compras de dólares sobretudo depois de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) esfriarem apostas de cortes iminentes de juros. A queda global da moeda nas últimas semanas foi atribuída justamente ao reforço de perspectivas de alívio monetário nos EUA.
Juros mais baixos nos EUA melhoram a relação risco/retorno para aplicações em ativos de mercados mais arriscados, como os emergentes, o que pode estimular entrada de capital para o Brasil, por exemplo. Com isso, há aumento da oferta de dólar, o que tende a reduzir o preço da moeda.
Mesmo com as ressalvas do Fed nesta sessão, o Goldman Sachs ainda espera que o dólar se enfraqueça contra o euro, o que, segundo o banco, pode favorecer desmonte de posições compradas na divisa norte-americana frente a outras moedas.
Analistas lembram que a posição comprada em dólar contra real ainda é bastante relevante e tem dificultado alívio mais consistente na taxa de câmbio.
“Dentro do universo emergente, estamos mais otimistas com o real brasileiro, peso chileno, peso mexicano, rupia indiana e rublo russo”, afirmaram estrategistas do Morgan Stanley.
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