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A volatilidade cambial teve nesta terça-feira a maior alta desde o fim de junho, quebrando uma sequência de quatro baixas consecutivas que haviam levado essa medida de incerteza no câmbio ao menor patamar desde julho de 2014.
No exterior, o dólar saltava a máximas em cinco semanas ante uma cesta de moedas, em alta contra praticamente todos os seus principais rivais.
O dólar voltou a tomar fôlego no mundo depois de o Fed de Nova York conter expectativas de um corte mais agressivo de juros nos EUA no fim deste mês. Além disso, a moeda tinha suporte nesta sessão com o acordo firmado entre a Casa Branca e líderes do Congresso norte-americano para evitar um novo “shutdown”.
As chances de menor alívio monetário nos EUA ganharam força enquanto no Brasil os mercados ampliaram apostas em redução mais expressiva de juros até o fim do ano. Nesse cenário, o diferencial de taxas entre os dois países ficaria menos favorável ao Brasil, com menor estímulo a fluxos para a renda fixa doméstica.
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“Qualquer leitura do IPCA-15 (de julho) abaixo de 0,13% provavelmente turbinará apostas de cortes da Selic e poderá reverter a queda recente do dólar”, disse Dimitri Zabelin, analista do DailyFX.
O IPCA-15 subiu apenas 0,09%, e no mercado de DI investidores ampliaram posições em prol de um corte de 0,50 ponto percentual da Selic no fim deste mês.
“Há expectativa de fluxo de concessões, IPOs, privatizações…”, o que respalda a expectativa de ganhos moderados para o real, disse David Beker, chefe de economia e estratégia do Bank of America Merrill Lynch para o Brasil.
O dólar à vista subiu 0,89% nesta terça, a R$ 3,7729 na venda. É a mais forte valorização desde 14 de junho (+1,16%). O patamar de encerramento é o mais alto desde 8 de julho (R$ 3,8081). Na B3, o contrato de dólar futuro mais líquido tinha ganho de 0,88%, a R$ 3,7770.
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