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O dólar à vista subiu 1,14%, a R$ 3,8915 na venda. É a maior alta diária desde 14 de junho (+1,16%) e o maior patamar de fechamento desde 17 de junho (R$ 3,9005 na venda). Na máxima, o dólar foi a R$3,8943.
O real e outras divisas emergentes sofreram conforme os Estados Unidos voltaram a elevar o tom contra a China com relação a assuntos comerciais. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta sexta que o país asiático tem muito a fazer para melhorar o cenário para um acordo e que os EUA querem não apenas um acordo, mas um acordo melhor.
Mas a moeda brasileira teve o segundo pior desempenho global, melhor apenas que o do peso colombiano. A piora relativa da divisa doméstica, segundo operadores, está ligada à ausência de fluxos em meio à queda dos diferenciais de juros a mínimas recordes.
“Não tem fluxo, está parado. E isso coincide com a queda nesta semana do juro para uma nova mínima histórica. A combinação pesa contra o real”, disse Roberto Campos, gestor sênior de câmbio da Absolute Investimentos.
A falta de fluxo é expressa pelo cupom cambial, juro em dólar negociado no mercado doméstico. O cupom para novembro opera perto das máximas desde o fim de junho, saltando 24 pontos-base ante as mínimas de meados de julho.
A alta do cupom levou o Banco Central a recentemente ampliar as ofertas de linhas de dólares, visando dar liquidez ao mercado e reduzir a demanda por moeda física. Ao mesmo tempo, o BC voltou a fazer rolagens de contratos de swap cambial, numa mensagem ao mercado de manutenção de oferta de dólar disponível para “hedge”.
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