Resumo:
- Mulheres enfrentam preconceito no mercado de trabalho após a maternidade;
- Segunda pesquisas, mães podem receber até US$ 11 mil a menos que seus pares;
- Conheça a história de mulheres que, motivadas pelos desafios da maternidade, deixaram suas carreiras e buscaram resolver problemas práticos da rotina por meio do empreendedorismo.
Você já presenciou preconceito no mundo do profissional contra mulheres mães? Uma suposição de que talvez elas sejam menos produtivas ou comprometidas com seus empregos? Esse viés é tão predominante que tem um nome: penalidade da maternidade. Pesquisas mostram que é provável que as mães recebam salários anuais em média US$ 11 mil a menos do que seus pares.
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Na contramão dos números, conheça 12 mulheres que fundaram ou cofundaram empresas de sucesso após dar à luz. Motivadas pela maternidade, elas criaram oito negócios que buscam melhorar a vida de mães e filhos.
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Reprodução Forbes 1. Sonia Chang e Manisha Shah, cofundadoras da Playfully
Manisha Shah e Sonia Chang são cofundadoras do Playfully, um aplicativo de desenvolvimento de bebês e crianças que ajuda pais ocupados a promover o aprendizado de seus filhos por meio de brincadeiras em casa. Ambas são mães de duas crianças e encontraram suas missões de vida na criação de uma empresa que facilita aos pais de crianças de 0 a 3 anos de idade se envolverem com seus pequenos de maneiras significativas. Os usuários da Playfully claramente ressoam com esse objetivo: a empresa mais que triplicou sua base de usuários nos primeiros seis meses de 2019.
Quando Manisha começou a levar seu bebê prematuro (nascido em 28 semanas) a um terapeuta ocupacional, seus olhos se abriram para a importância da brincadeira. Ela começou a pensar em como tornar o conhecimento desse especialista acessível a outros pais. Como uma engenheira formada em Stanford, ficou intrigada com o desafio de alavancar a tecnologia para aprofundar as conexões pessoais no mundo real. Ela mesma criou a primeira versão do aplicativo enquanto se dividia entre dois filhos pequenos em casa.
Em 2018, Manisha se reconectou com sua colega de classe em Stanford, Sonia Chang, que também é mãe de duas crianças e lutou para encontrar maneiras fáceis e convenientes de promover o desenvolvimento de seus filhos. As duas se encontraram na ansiedades de muitos pais: segundo pesquisa, 85% do cérebro é formado aos três anos de idade, e esse é o fundamento de todo aprendizado futuro e, por isso, muitos pais se empenham em buscar a melhor forma de apoiar o aprendizado do bebê. Eles acompanham o crescimento e mudança da criança a cada passo e naturalmente começam a se perguntar o que mais deveriam estar fazendo. Manisha e Sonia criaram o Playfully para resolver esse problema.
Elas não imaginavam que necessariamente se tornariam empreendedoras, mas foram inspiradas a iniciar uma empresa depois de experimentar as lutas da infância precoce. Agora que são empresárias, trabalhando em um produto que as torna melhores mães, elas apreciam o alinhamento entre suas paixões pessoais e profissionais. Muitas vezes, os jogos e ideias criados por elas em casa com os filhos servem de inspiração para as atividades lúdicas que entram diretamente no aplicativo. O que motiva as duas é saber que estão facilitando a vida de outros pais e provocando um impacto real e positivo nas famílias em todo o mundo.
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Reprodução Forbes 2. Amber Fawson e Cherie Hoeger, cofundadoras da Saalt
O mercado de higiene feminina é projetado para ser uma indústria de US$ 6,2 bilhões nos EUA e US$ 40 bilhões em todo o mundo até 2020. A Saalt, que desenvolve coletores reutilizáveis, está na vanguarda das marcas, tornando o período menstrual sustentável. As cofundadoras Amber Fawson, mãe de quatro filhos, e Cherie Hoeger, mãe de cinco filhos, acreditam que as mulheres precisam de opções mais seguras e amigas do ambiente para os cuidados com o período. A Saalt foi lançada recentemente nos Estados Unidos na Target e está disponível online em lojas de moda como Revolve e Urban Outfitters. Com certificação B Corp, a empresa compromete 2% de sua receita à doação de produtos de cuidados para o período menstrual e financiamento de iniciativas na educação de meninas, no empoderamento e na sustentabilidade.
A Saalt surgiu depois que Cherie telefonou para uma tia na Venezuela. Durante a ligação, ela descobriu que absorventes e tampões menstruais não estavam disponíveis nas prateleiras das lojas do país há anos. Imediatamente, ela pensou em suas cinco filhas e no que faria na mesma situação. A dependência que ela e outras mulheres tinham de absorventes descartáveis a mantinha acordada à noite. Três meses depois, Cherie já estava fornecendo copos menstruais reutilizáveis para centenas de amigos, apenas para fazer uma boa ação. Ao pesquisar sobre os coletores menstruais, Cherie não conseguiu encontrar um que atendesse aos critérios ideais. Então, ela começou a projetar sua idéia do copinho perfeito, e o resto é história.
Cherie diz que, quando criança, queria fazer a diferença no mundo. Com o tempo, ela descobriu que o maior potencial de impacto vinha do empoderamento das meninas por meio da educação. “Vi o que a educação universitária fez para melhorar a situação da minha mãe nascida na Argentina, que usou seu diploma de enfermagem para ajudar a sustentar nossa família”, diz Hoeger. “Na Saalt, somos apaixonados por educar mulheres e meninas.”
Amber ama como a companhia dá voz a pessoas que fazem a diferença na segurança financeira, na opinião política, educação cultural e prioridades pessoais. “Adorei me encontrar em um círculo de mulheres do outro lado do mundo no Quênia e falar sobre o período menstrual. Todo mundo lá tem as mesmas dúvidas que eu. Todas rimos desse momento comum às mulheres como se fôssemos amigas. Elas ficaram empolgadas com os benefícios dos coletores menstruais.”
As cofundadores dizem que gostariam de ver mais aspirantes a empreendedoras adotarem sua influência para fazer o bem no mundo através do modelo da Benefit Corporation. “Acreditamos que o padrão da B-Corp é decisivamente o caminho para o futuro. Seu foco no capitalismo consciente em todos os aspectos dos negócios nos dá esperança. Esperamos que novos empreendedores escolham bem-estar de seus clientes e do nosso planeta.”
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Reprodução Forbes 3. Hanna Chiou e Anne-Louise Nieto, cofundadoras da Habbi Habbi
Antes de ter filhos, Hanna Chiou e Anne-Louise Nieto se formaram nas universidades de Stanford, Harvard e Princeton e, com MBAs, ambas trabalhavam como consultoras internacionais de gestão. Elas também eram amigas de longa data: se conheciam havia 15 anos. A maternidade logo veio e lhes deu perspectiva e motivação diferentes para enfrentar novos desafios. As duas deixaram seus empregos corporativos de alta performance para iniciar sua própria empresa, a Habbi Habbi, com foco em produtos educacionais intencionais, brincadeiras e desenvolvimento infantil.
Em 9 de setembro, a Habbi Habbi lançou seu próprio produto, com o objetivo de facilitar o ensino de chinês ou espanhol para crianças: uma série de livros bilíngues acompanhados por uma varinha de leitura que torna a atividade mais dinâmica. As crianças tocam em qualquer lugar para ouvir palavras, frases ou efeitos sonoros.
“Nossa motivação é fazer algo que importa”, diz Hanna. “Nossos amigos nos chamam de ‘corajosas’. Apenas pensamos que nos arrependeríamos se não tentássemos. Tudo o que fazemos pensamos em nossos próprios filhos”.
O maior desafio enfrentado pelas empresárias é encontrar equilíbrio. Com a companhia, elas entenderam que trabalhar em parceria é a melhor ferramenta. “Lembramos a nós mesmas que, individualmente, somos nossos críticos mais severos, mas, em conjunto, somos verdadeiros líderes de torcida”, diz Anne-Louise.
As cofundadoras dizem às mãe aspirantes a empreendedoras que não há um “bom momento” para começar. “Apenas vá em frente”, aconselham. “Coloque um pé na frente do outro e continue. Você ficará surpresa com o quanto pode ser feito, apenas por ser consistente e progredir diariamente.”
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Reprodução Forbes 4. Jamie Morea, cofundadora da The Simple Folk
Após os nascimentos dos segundos bebês das amigas Jamie Morea e Abigail Brown (com apenas seis semanas de diferença), as duas despertaram para a realidades da indústria da moda. A tendência consumista de produzir roupas baratas e descartáveis prejudica quem as fabrica, quem as veste e o planeta. Embora o momento estivesse longe de ser lógico -elas já tinham quatro empresas, duas crianças e dois recém-nascidos- ambas se sentiram obrigadas a mexer nas peças do tabuleiro. Elas criaram a The Simple Folk, uma linha de roupas ultra macias, minimalistas, orgânicas, sustentáveis e sem padrões, feitas com práticas comerciais justas, éticas e ecológicas.
Enquanto o chamado de Jamie é se tornar a melhor versão de si e capacitar outras pessoas a fazerem o mesmo, ela admite que o equilíbrio diário de ter sonhos de nível global e ao mesmo tempo se esforçar para ser uma mãe presente, é um enorme desafio. Ela conseguiu chegar ao ponto ideal delegando tarefas domésticas, cercando-se de uma equipe talentosa e optando por uma organização moderna que oferece licença maternidade/paternidade paga e férias ilimitadas, além de apoiar as mulheres em papéis de liderança. A maioria dos funcionários da The Simple Folk são mães que trabalham em casa. “Muitas vezes, amamentamos nossos bebês durante as teleconferências da equipe”, diz Jamie. “Estamos levantando nossos véus, elevando a barra e fazendo a diferença em nosso mundo”.
Para as aspirantes a mães empreendedoras, Jamie diz: “Persiga sua alegria e inspiração. Encontre uma maneira de delegar tudo o que drena ou que você não gosta de fazer. Quando você deixa sua alma incendiar nos negócios, pode construir o que quiser com um lugar completamente diferente; um lugar onde o trabalho é divertido e é um ato de autocuidado a serviço do bem maior”.
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Reprodução Forbes 5. Ariane Goldman, fundadora e CEO da HATCH
Quando estava grávida, Ariane Goldman não conseguiu encontrar nada para vestir que lhe permitisse aproveitar seu corpo em mudança, em vez de se esconder atrás dele. Ela se sentiu motivada a mudar isso. Por isso, lançou a HATCH para oferecer às mulheres roupas de maternidade elegantes e produtos de beleza seguros para a mãe, a fim de capacitá-las e permitir que se sintam confiantes e bonitas durante este momento gratificante e desafiador.
Por mais mágica que seja a gravidez, ela também pode ser uma experiência solitária. Além de fornecer soluções de guarda-roupa e beleza, Ariane se sentiu motivada a criar um recurso e uma comunidade confiável para que as mulheres tivessem acesso a conselhos, informações e fizessem conexões. A HATCH organiza eventos regulares em Nova York e Los Angeles, onde as mulheres podem participar de seminários sobre doulas, treinamento de parto, maternidade individualidade e muito mais.
Seu maior desafio é formar uma boa equipe e conseguir grandes talentos. Mas, diz Ariane, as dificuldades valem a pena. “É incrivelmente gratificante capacitar mulheres grávidas e vê-las abraçando esse momento de suas vidas ao se conectarem”.
Goldman aconselha às aspirantes a empreendedoras: “Vá em frente! Pense no seu negócio constantemente e converse sobre ele com outras pessoas. Todos os dias faça algo para manter o projeto vivo. Depois de um tempo, você não terá escolha a não ser continuar!
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Reprodução Forbes 6. Christina Carbonell e Galyn Bernard, cofundadoras da Primary
Christina Carbonell e Galyn Bernard começaram a Primary porque estavam frustradas ao comprar as roupas de seus filhos. “Tudo que é vendido segrega os gêneros!”, dizem. “Não dava para acreditar que, nos dias de hoje, você ainda entra em uma loja e encontra princesas com roupas rosa para meninas e caminhões de bombeiros azuis para meninos.” As duas mães decidiram adotar uma abordagem diferente da roupa infantil, concentrando-se em peças simples, de estilo clássicos em cores arco-íris oferecidas de maneira neutra em termos de gênero. Além disso, elas buscam manter os preços baixos.
Christina e Galyn admitem que não estavam preparadas para o mundo da fabricação quando começaram a Primary. Acabaram com estoque em falta. As empresárias consideraram várias maneiras de melhorar a cadeia de suprimentos, inclusive pensaram em ceder uma grande participação na empresa a um parceiro em potencial. Por fim, no entanto, elas aproveitaram sua rede de contatos para se conectar e contratar um veterano do setor da Gap.
“Basta começar”, dizem as cofundadoras para as mães e aspirantes a empreendedoras. “Nunca haverá um momento perfeito em que você tenha todo o dinheiro que precisa ou sua ideia esteja completamente perfeita. É como ter um filho: você só precisa mergulhar de cabeça nisso.”
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Reprodução Forbes 7. Jane Daines, cofundadora e diretora de produtos da Lalo
Como mãe de dois filhos, Jane experimentou em primeira mão o quão avassalador é fazer compras para um bebê. Ao conversar com seus cofundadores, Greg Davidson e Michael Wieder, os três compartilharam frustrações semelhantes. Eles se sentiram motivados a desenvolver melhores produtos e uma experiência de compra otimizada. Sua missão com a Lalo é torná-la o destino ideal quando o assunto é itens essenciais para bebês e crianças.
Descobrir os produtos para o primeiro ano do bebê é um grande desafio. “Como uma equipe pequena, mas poderosa, no lançamento, precisávamos pensar bem onde colocar nossos recursos”, diz Daines. Eles decidiram se concentrar nos itens que as famílias mais confiam. Isso os levou a desenvolver como seu primeiro produto o carrinho de bebê Daily. Eles lançaram recentemente um segundo item: The Chair, uma cadeira para alimentação conversível 2 em 1. O produto esgotou em duas semanas.
“Crie um produto ou serviço que você usará em sua vida cotidiana”, diz Daines a mães aspirantes a empresárias. “Foi incrivelmente útil criar um algo que minha família e amigos possam usar todos os dias. Quando o item já está incorporado à sua vida, facilita muito o processo de testes e inovação.”
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Reprodução Forbes 8. Kim Palmer, fundadora e CEO da Clementine
Foi quando tirou licença-maternidade de seu trabalho na área de marketing de alta performance que a ansiedade tomou conta da vida de Kim Palmer. Depois de sofrer muitos ataques de pânico, ela acabou descobrindo que a hipnoterapia -e não a meditação- melhorava seu bem-estar emocional. Ela então decidiu criar a Clementine, um aplicativo que fornece sessões curtas de hipnoterapia para aumentar a confiança, reduzir o estresse e melhorar a qualidade do sono.
Disponível desde novembro de 2017, Clementine foi eleito um dos “sete aplicativos que todas as mulheres deveriam ter” segundo o “The Guardian”, bem como o “App of the Day” pela Apple duas vezes. Foi incluído nas listas Top 100 Women in FemTech e Health Tech by Women of Wearables. Atualmente, a Clementine engaja mais de 60 mil mulheres, 40 mil por meio do aplicativo. Desses usuários, 97% permitem que o app envie notificações diárias através do módulo de mantras.
O objetivo de Kim na vida é apoiar as mulheres a serem as melhores. A empresária se sente encantada em ter a oportunidade oferecer orientação e apoio a tantas mulheres com a Clementine, uma vez que o aplicativo é gratuito para download. O maior desafio enfrentado por Kim é a captação de recursos. “O que é necessário é dinheiro e o processo de obtenção de financiamento é difícil”, diz ela.
Kim incentiva as mulheres aspirantes a empresárias a identificar um problema que precisa ser resolvido e criar uma solução que seu público acolha. “Aí você tem um vencedor”, diz ela. “Também é necessário ouvir, evoluir, ouvir, evoluir e assim por diante. O processo de iniciar e administrar um negócio não é linear, é circular e deve parecer que você está em constante ajuste.”
1. Sonia Chang e Manisha Shah, cofundadoras da Playfully
Manisha Shah e Sonia Chang são cofundadoras do Playfully, um aplicativo de desenvolvimento de bebês e crianças que ajuda pais ocupados a promover o aprendizado de seus filhos por meio de brincadeiras em casa. Ambas são mães de duas crianças e encontraram suas missões de vida na criação de uma empresa que facilita aos pais de crianças de 0 a 3 anos de idade se envolverem com seus pequenos de maneiras significativas. Os usuários da Playfully claramente ressoam com esse objetivo: a empresa mais que triplicou sua base de usuários nos primeiros seis meses de 2019.
Quando Manisha começou a levar seu bebê prematuro (nascido em 28 semanas) a um terapeuta ocupacional, seus olhos se abriram para a importância da brincadeira. Ela começou a pensar em como tornar o conhecimento desse especialista acessível a outros pais. Como uma engenheira formada em Stanford, ficou intrigada com o desafio de alavancar a tecnologia para aprofundar as conexões pessoais no mundo real. Ela mesma criou a primeira versão do aplicativo enquanto se dividia entre dois filhos pequenos em casa.
Em 2018, Manisha se reconectou com sua colega de classe em Stanford, Sonia Chang, que também é mãe de duas crianças e lutou para encontrar maneiras fáceis e convenientes de promover o desenvolvimento de seus filhos. As duas se encontraram na ansiedades de muitos pais: segundo pesquisa, 85% do cérebro é formado aos três anos de idade, e esse é o fundamento de todo aprendizado futuro e, por isso, muitos pais se empenham em buscar a melhor forma de apoiar o aprendizado do bebê. Eles acompanham o crescimento e mudança da criança a cada passo e naturalmente começam a se perguntar o que mais deveriam estar fazendo. Manisha e Sonia criaram o Playfully para resolver esse problema.
Elas não imaginavam que necessariamente se tornariam empreendedoras, mas foram inspiradas a iniciar uma empresa depois de experimentar as lutas da infância precoce. Agora que são empresárias, trabalhando em um produto que as torna melhores mães, elas apreciam o alinhamento entre suas paixões pessoais e profissionais. Muitas vezes, os jogos e ideias criados por elas em casa com os filhos servem de inspiração para as atividades lúdicas que entram diretamente no aplicativo. O que motiva as duas é saber que estão facilitando a vida de outros pais e provocando um impacto real e positivo nas famílias em todo o mundo.
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