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A certificação, que está sendo pedida por uma centena de produtores de biocombustíveis, incluindo companhias de etanol, permitirá que as empresas possam emitir créditos para serem comprados a partir de 2020 por distribuidoras de combustíveis, como forma de compensação pelas vendas de combustíveis fósseis.
A JBS Biodiesel informou que tem expectativa de colocar mais de 600 mil CBios anualmente no mercado.
“Não tem como mensurar o valor [a ser obtido com a emissão dos créditos], os CBios vão ser negociados em bolsa, tudo vai depender de oferta e demanda”, disse à Reuters o diretor da JBS Biodiesel, Alexandre Pereira, lembrando que cabe ao setor emitir os créditos e às distribuidoras a compra para neutralizar o CO2.
“Estamos otimistas com os valores que podemos alcançar”, acrescentou ele, sem revelar eventuais cenários.
A certificação pela ANP foi dada à unidade de Lins (SP) da JBS Biodiesel, enquanto a empresa também está requerendo CBios para a planta de Campo Verde (MT). Em meados de julho, por meio da subsidiária Seara, a JBS anunciou investimento de R$ 180 milhões na construção de uma fábrica de biodiesel em Santa Catarina, com operação prevista para 2021.
A companhia vê potencial de neutralizar cerca de 640 mil toneladas de gases de efeito estufa a cada ano, o equivalente às emissões anuais de uma cidade com 67 mil habitantes.
A empresa produz biodiesel principalmente a partir de matérias-primas como sebo bovino e gorduras animais, resíduos obtidos no processo de produção de carnes da JBS, maior produtor de proteína animal do mundo.
A principal matéria-prima de biodiesel no Brasil é o óleo de soja, respondendo por cerca de 75% do total.
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