A confirmação de que o Banco Central vai corrigir dados do setor externo para mostrar números melhores, na esteira de revisão pelo Ministério da Economia de dados da balança comercial, também compôs o pano de fundo de dólar mais fraco, uma vez que sinaliza um quadro mais alentador para a oferta de moeda no país.
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No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de moedas caía 0,43%. O dólar cedia frente a várias divisas emergentes pares do real, conforme indicadores econômicos mais fracos nos EUA apoiavam cenários de juros mais baixos na economia norte-americana, o que pode aumentar a atratividade de ativos emergentes.
Comentários no mercado também apontaram que a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retomar imediatamente tarifas norte-americanas sobre importações de aço e alumínio do Brasil e da Argentina pode ter feito preço no câmbio, já que Trump reclamou que os dois países estão promovendo forte desvalorização de suas moedas.
O entendimento é que a pressão vinda de Trump poderia enfraquecer eventual disposição e aceitação no governo a uma taxa de câmbio mais depreciada no mercado local.
Desde as mínimas de outubro, a moeda dos EUA acumula valorização de 5,68%. O Bradesco diz que “parte importante” da depreciação do real se deve a vetores domésticos, entre os quais os recentes indicadores de contas externas menos confortáveis.
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O banco nota que o foco se volta na terça para dados do Produto Interno Bruto (PIB), com os números de atividade ganhando peso na definição dos cenários para o câmbio. “Os indicadores… deverão reforçar a recuperação em curso da economia brasileira”, disse o Bradesco em nota.
No fim da semana passada, o BC informou que manteria operações no mercado de câmbio em dezembro para que o lote de swaps cambiais a vencer em fevereiro seja integralmente rolado ou trocado por dólares à vista.
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