Bilionária que preside a Louis Dreyfus diz que avalia venda de fatia na companhia

30 de janeiro de 2020
ReutersConnect/Philippe Laurenson

Margarita Louis-Dreyfus, que assumiu o controle da empresa em 2009, destacou que não há pressa para concretizar o negócio

Depois de 169 anos como um negócio familiar, o grupo de commodities agrícolas Louis Dreyfus está aberto à venda de uma grande participação para um investidor externo, desde que sem perda do controle, disse à Reuters a presidente do conselho da companhia.

Margarita Louis-Dreyfus, que assumiu o controle da empresa em 2009, destacou, no entanto, que não há pressa para isso e que esse investidor precisaria ser capaz de fortalecer os negócios do grupo.

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No ano passado, a bilionária empresária concluiu a consolidação da Louis Dreyfus Company Holdings – estrutura criada para gerenciar as ações da família na LDC – por meio de um truste familiar que agora controla 96% da empresa-mãe.

Ela passou uma década negociando custosas e agressivas compras de fatias minoritárias de familiares no negócio, enquanto a LDC sofria em meio a uma fase difícil para os mercados agrícolas.

“É a primeira vez em nossos quase 170 anos de história em que estamos preparados para abrir nosso capital para um acionista externo”, disse a executiva de 57 anos em entrevista à Reuters. “Mas nós não estamos sob pressão. Queremos manter o controle majoritário. Tudo mais depende da qualidade das ofertas.”

O grupo já havia indicado anteriormente que poderia trazer “players regionais” para o negócio para ajudar a fortalecer sua posição em áreas nas quais busca expansão, como a China.

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A consolidação do controle da LDC pela executiva, no entanto, não foi gratuita – ela tomou emprestado US$ 1 bilhão do Credit Suisse no ano passado para comprar ações de minoritários, dando ações do grupo como garantia.

O novo posicionamento da companhia vem em um momento no qual a LDC, assim como seus rivais, enfrenta um cenário desafiador – com a peste suína na China, que pode impactar o crescimento econômico e a demanda no maior consumidor global de carne suína, e um mais recente surto de um novo coronavírus.

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