O pacote inclui a suspensão dos pagamentos de empréstimos diretos e indiretos concedidos pelo banco, a transferência de valores para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a disponibilidade de mais recursos para micro, pequenas e médias empresas, que são grandes geradoras de postos de trabalho no Brasil.
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“O banco se preparou, se ajustou, para um ação anticíclica. É um primeiro passo no enfrentamento dessa crise“, disse o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, em entrevista coletiva virtual. “Estamos trabalhando já em medidas setoriais, e tão logo tivermos segurança vamos vir a público para anunciar”, acrescentou.
O presidente Jair Bolsonaro também participou da transmissão online do anúncio de medidas do BNDES, e afirmou que o objetivo do governo é preservar empregos em meio à crise global causada pelo Covid-19.
Depois de dizer nos últimos dias que havia uma histeria em relação ao coronavírus e suas consequências, Bolsonaro declarou que a doença é “algo que nos aflige” e motivo de preocupação.
“Tenho certeza que essas medidas suas (do BNDES) virão no sentido em especial na manutenção de empregos, que é uma coisa extremamente importante… Vamos vencer essa crise do coronavírus com a manutenção de empregos, por que a vida continua”, acrescentou.
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O pacote de medidas do BNDES prevê a transferência de R$ 20 bilhões em recursos do Fundo PIS-PASEP para o FGTS.
O BNDES vai promover também a ampliação do crédito para micro, pequenas e médias empresas no valor de R$ 5 bilhões.
“As medidas adotadas pelo BNDES visam a apoiar o trabalhador diretamente com a possibilidade de novos saques do FGTS, e indiretamente, ao ajudar na manutenção de mais de 2 milhões de empregos com aumento da capacidade financeira e preservação de 150 mil empresas”, disse comunicado do banco de fomento.
“Os R$ 55 bilhões que serão injetados na economia representam quase a totalidade dos desembolsos do BNDES em todo o ano de 2019”, acrescentou.
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As medidas podem ser estendidas para além de seis meses de suspensão do pagamento de financiamentos, e também estão sendo estudadas e devem ser anunciadas em breve propostas setoriais, especialmente para os setores aéreo, hoteleiro e de bares e restaurantes.
Em 2019, os desembolsos do BNDES somaram R$ 55 bilhões, o valor mais baixo desde 1996. A previsão para este ano era de financiar entre R$ 60 bilhões e R$ 70 bilhões, antes da pandemia.
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