JPMorgan se prepara para possíveis mudanças por conta do coronavírus

4 de março de 2020
Getty Images

No total, mais de 10 mil funcionários da JPMorgan trabalharão de casa durante o teste

Enquanto muitas empresas se preocupam com o impacto do coronavírus em suas ações, na bolsa de valores e no dólar, o JPMorgan vai além. De acordo com fontes da Reuters, a empresa pedirá que seus funcionários trabalharem de casa por um dia para que planos de contingência possam ser testados.

O teste incluirá apenas 10% dos funcionários do JPMorgan –o que ainda sim é um número extremamente significativo, já que o banco tem mais de 127 mil pessoas trabalhando em suas diversas firmas pelos Estados Unidos. A medida faz parte de uma série de estratégias que a empresa tem guardada caso o coronavírus tome proporções alarmantes. Uma delas é a possibilidade de seus funcionários trabalharem de casa e ainda sim o banco funcionar regularmente. De acordo com uma matéria publicada pelo “Los Angeles Times” ontem (3), fontes anônimas revelaram que essas medidas fazem parte do que o banco chama de “Plano Kennedy.”

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O JPMorgan é o maior banco de investimentos norte-americano, e o primeiro a demonstrar tal nível de seriedade em relação ao coronavírus. Além do teste de trabalho remoto, a empresa também estaria pensando em locais alternativos para suas principais sedes, que no momento são em Nova York e Londres, ambas cidades populosas e com chances mais altas de serem afetadas pelo vírus.

Outras empresas importantes como o Facebook não tomaram medidas tão drásticas. A rede social de Zuckerberg, por exemplo, cancelou sua conferência F8, a maior reunião anual da empresa que aconteceria na Califórnia em maio, no final de fevereiro.

Para o JPMorgan, no entanto, o trabalho pode não ser tão simples quanto cancelar conferências e reuniões. O banco possui 4.976 filiais pelos Estados Unidos, a maioria com bancários, atendentes e outros funcionários que lidam diretamente com o público em seu dia-a-dia.

O JPMorgan publicou uma carta no final de janeiro expressando sua preocupação com o coronavírus e explicando como ele pode afetar o mercado, mas não anunciou nenhuma medida oficial. No entanto, desde então, já restringiu viagens internacionais de seus funcionários além de outras medidas do Plano Kennedy.

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