LONDRES (Reuters) – O aumento dos preços de combustíveis e alimentos deve incentivar um aumento “inevitável” na agitação civil, com países em desenvolvimento de renda média, como Brasil e Egito, particularmente em risco, disse um relatório de uma consultoria de risco.
Três quartos das nações que devem estar em alto risco ou risco extremo de agitação civil até o quarto trimestre de 2022 são países de renda média, conforme definido pelo Banco Mundial, disse a Verisk Maplecroft em uma atualização de seu monitor de risco político.
Argentina, Tunísia, Paquistão e Filipinas também estão entre os países a serem observados nos próximos seis meses, disseram os autores, apontando para sua alta dependência de importações de alimentos e energia.
A guerra da Rússia na Ucrânia acelerou a disparada dos preços de alimentos, cuja inflação atingiu um pico recorde em fevereiro e novamente em março. Os preços de energia também têm subido acentuadamente.
“Sem resolução do conflito à vista, a crise global do custo de vida continuará até 2023”, disse o relatório.
O relatório afirmou que mais de 50% dos quase 200 países cobertos por seu índice experimentaram um aumento na agitação civil desde a pandemia de Covid-19.