Por Jarrett Renshaw e Stephanie Kelly
(Reuters) – O governo do presidente norte-americano Joe Biden provavelmente aumentará de forma retroativa os mandatos de mistura de etanol referentes a 2021, acima do volume proposto em dezembro, para se alinhar ao consumo dos EUA, de acordo com duas fontes informadas sobre a decisão.
Funcionários do governo se reuniram na Casa Branca na terça-feira para revisar as opções para os mandatos, que estão sendo definidos de forma retroativa devido a interrupções causadas pela pandemia da Covid-19, de acordo com as fontes.
A reunião ressalta as implicações políticas da próxima decisão, que impactará os preços de combustíveis e alimentos em meio a uma máxima de 40 anos nas taxas de inflação.
Em dezembro, a EPA propôs que as refinarias misturassem 13,32 bilhões de galões de etanol ao pool de combustíveis, uma medida que irritou os legisladores do cinturão agrícola e a indústria, que consideraram o patamar muito baixo.
Uma decisão final ainda não foi tomada, disseram as fontes.
Procurados, a Casa Branca e a Agência de Proteção Ambiental, que administra os mandatos, não comentaram imediatamente o assunto.
De acordo o RFS, as refinarias devem misturar bilhões de galões de biocombustíveis ao pool de combustíveis do país ou comprar créditos negociáveis daqueles que o fazem.
O governo não deu nenhuma indicação de que planeja mudanças drásticas em suas propostas de 2020 e 2022, disseram as fontes.
Após a reportagem da Reuters nesta quarta-feira, os preços de crédito de combustíveis renováveis nos EUA (D6) subiram 11%, sendo negociados a 1,50 dólar cada, disseram traders.
(Reportagem de Jarrett Renshaw em Filadélfia e Stephanie Kelly em Nova York)