Exportações de grãos da Ucrânia aceleram em setembro após acordo

14 de setembro de 2022
REUTERS/Vincent Mundy

Os dados do ministério mostraram que a Ucrânia exportou 1,5 milhão de toneladas

O ritmo das exportações de grãos da Ucrânia acelerou até agora em setembro, mas os volumes ainda estão bem abaixo dos níveis da temporada passada, mostraram hoje (14) dados do Ministério da Agricultura ucraniano.

Os dados do ministério mostraram que a Ucrânia exportou 1,5 milhão de toneladas de grãos nos primeiros 13 dias de setembro, 34% menos que as 2,3 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado.

Na primeira semana de setembro, os embarques tinham caído mais, cerca de 40% ante o mesmo período do ano passado.

As exportações de grãos da Ucrânia caíram desde o início da guerra porque seus portos do Mar Negro, uma importante rota para embarques, foram fechados, elevando os preços globais dos alimentos e provocando temores de escassez na África e no Oriente Médio.

Três portos do Mar Negro foram desbloqueados no final de julho sob um acordo entre Moscou e Kiev que foi intermediado pelas Nações Unidas e a Turquia.

O ministério não deu razão para uma queda menos acentuada no acumulado de setembro, mas analistas dizem que os portos marítimos reabertos ajudaram a impulsionar os embarques da Ucrânia.

O Ministério da Infraestrutura da Ucrânia disse na quarta-feira que 134 navios de carga com 3,1 milhões de toneladas de vários produtos agrícolas a bordo deixaram os portos ucranianos sob o acordo de grãos.

Os dados do Ministério da Agricultura mostraram que as exportações de grãos da Ucrânia totalizaram 5,8 milhões de toneladas até agora na temporada 2022/23 julho-junho, contra 10,9 milhões de toneladas no mesmo período de 2021/22.

Os dados mostraram que as exportações até agora na temporada de julho de 2022 a junho de 2023 incluíram 3,4 milhões de toneladas de milho, 1,83 milhão de toneladas de trigo e 525.000 toneladas de cevada.

O governo disse que a Ucrânia pode colher pelo menos 50 milhões de toneladas de grãos este ano, em comparação com um recorde de 86 milhões de toneladas em 2021, por causa da perda de terras para as forças russas e menores rendimentos por hectare.

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