Conheça a icônica arquitetura da Harbin Opera House

5 de abril de 2016

Crédito: Iwan Baan

Sydney que se cuide: há uma nova casa de óperas chamando a atenção por seu design. Aninhada nas terras úmidas de Heilongjiang, a província mais ao norte da China, a Harbin Opera House foi criada como uma extensão do parque no qual está localizada.

Com um formato que parece ter sido esculpido pelo vento e pela água, a arquitetura única se camufla com o cenário natural em volta e mescla os limites de seu interior e exterior.

VEJA MAIS: Casa de luxo inusitada tem vista para o Mediterrâneo

“Os designs das casas de ópera geralmente focam na parte de dentro. Aqui, no entanto, nós demos ênfase para o lado de fora, para que se mesclasse com a natureza do parque”, conta Ma Yansong, principal arquiteto e fundador da MAD Architets. Em 2010, a empresa baseada em Pequim ganhou uma competição internacional promovida pela cidade para desenhar dois projetos: a casa de óperas, aberta em dezembro, e um centro cultural, previsto para o final do ano.

Uma grande onda fluida, que faz referência à vida selvagem da região, convida os visitantes da Harbin Opera House a escalarem essa rampa que leva a uma praça pública e a um mirante. O anfiteatro fica no topo da estrutura, que lembra um pico nevado por conta de uma variedade de painéis de alumínio.

“Alguns painéis em 3D criam a sensação de uma pele aberta, que pode respirar”, diz Yansong. “Eu não queria que o prédio parecesse um produto industrial perfeito, queria que se parecesse com uma criatura viva”, disse.

A ópera tem dois auditórios, um deles com capacidade para 1.400 pessoas sentadas em cadeiras feitas à mão. “O espaço faz com que os visitantes se sintam dentro de um instrumento musical gigante, que permite que eles visualizem o som”, diz o arquiteto.

E AINDA: Morre aos 65 anos a arquiteta britânica Zaha Hadid

O teatro menor, que comporta 400 pessoas sentadas, é formado por um palco com fundo de vidro para que o público possa ver o parque, flanqueado por uma parede com minúsculas ondas desenhadas. “Quando as paredes refletem o sol, parece que a luz dispersa em inúmeras direções”, afirma Yansong, que fez a estrutura propositadamente para que a luz natural entre.

Enquanto uma luz sutil vinda de uma claraboia ilumina o teatro, uma cortina de pirâmides de vidro propagam a luz do sol. Ainda que altamente tecnológica, a ópera não foi feita para mostrar poder técnico. Com toda a modernidade, tenta ser confortável e convidativa para que o público tenha vontade de interagir com o local. “Fizemos a casa de ópera de um modo que fosse dramática como as peças que serão apresentadas, para que o público se sinta parte do espetáculo”, completa Yansong.

Veja imagens da casa de ópera na galeria:

Crédito: Iwan Baan
Crédito: Iwan Baan
Crédito: Iwan Baan
Crédito: Iwan Baan
Crédito: Iwan Baan
Crédito: Iwan Baan
Crédito: Iwan Baan
Crédito: Iwan Baan
Crédito: Iwan Baan