Desde 2003, a agência Working Mother Media faz um estudo das companhias norte-americanas que mais contratam mulheres negras. Este ano, a pesquisa contemplou 200 empresas que, juntas, deram 500 empregos para essas mulheres.
A melhor notícia é que elas ocupam agora 17% dos 50 cargos que mais ganham nessas companhias. Um aumento bom, ainda que não perfeito, quando se comparado aos 4% do último ano. De acordo com a responsável pela pesquisa, Subha Barry, esses dados são muito importantes: “Acredito que há um comprometimento dessas empresas em incentivar a diversidade no espaço de trabalho.”
De acordo com o estudo, 96% dessas empresas encarregaram uma pessoa ou até mesmo um time para promover a inclusão. Dentre elas, a IBM, P&G e Verizon são algumas das que se destacam pelos esforços em colocar mulheres negras em cargos bons.
Mas nem todos os resultados deste ano são otimistas. O número dessas mulheres em cargos de liderança, por exemplo, ficou estagnado em 14% das gerências e 4% das diretorias.
Subha disse que, para amenizar a situação, muitos estão cumprindo a promessa de igualar os pagamentos entre os gêneros. “Ainda não é o suficiente, mas já é um bom começo.”
Ela ainda ressalta que as mulheres negras precisam não somente cruzar a barreira do gênero, como também uma barreira racial para terem apoio dos grandes líderes das companhias, em sua maioria, homens brancos. “Elas não recebem a mesma atenção que mulheres brancas e homens negros, por exemplo, e acabam ficando para trás.”