“Vivi a história dos meus pais até os 35 anos”, diz o advogado e palestrante de 42 anos, autor de “Produtividade para Quem Quer Tempo”, livro mais vendido do país na última semana de abril – bateu Padre Marcelo e Kéfera, entre outros. Foram 8.843 cópias sem que a publicação nem mesmo tivesse sido lançada – o evento está previsto para o dia 17 de maio. Todo esse número veio da pré-venda da editora Gente, que já encomendou segunda e terceira edições e prepara um novo livro de Theml para breve.
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Por que mudar, então? “Estava girando em círculos”, diz. “Um plano de fim de ano foi buscar um certificado na Sociedade Brasileira de Coaching para enfim mudar de profissão.” Em seu norte, estava dar palestras – e ganhar a vida com isso. A entrega de sua carta de exoneração (“não pedi licença porque não queria voltar”) foi filmada pela mulher e mesmo 20 telefonemas naquela semana não o fizeram mudar de ideia”.
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“A vida é um quebra-cabeças”, define, entre um café e um copo de água no restaurante de um hotel na zona sul de São Paulo. “Se a pessoa não tem a fotografia do quebra-cabeças, ela não sabe qual peça ela vai pegar.”
“O coaching não te dá a resposta. Você vai buscar a resposta dentro de você”, propagandeia. Theml acumula teorias. Uma delas é a da Alice (aquela, do País das Maravilhas): se você não tem um caminho, vai para onde te levam. A outra é a do Palio. “Se você não tem objetivos, o carro mais caro vai parecer um popular.”
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As teorias que elabora são práticas. Propõe exercícios, sobretudo mentais. Sua conta não vê méritos em vidas vazias (com tempo e sem resultados), em arrastadores de pedra (tem resultado, mas não tem vida) e ocupadões (que não têm resultado nem tempo). Para ele, é preciso antes de tudo equilíbrio e despreza o mérito que a sociedade distribui para o chamado “esforçado”. “A sociedade admira o cara com olheira e gravata frouxa. É o modelo do arrastador de pedra. O grande perigo é que ele tem resultado. Mas ele só vai perceber o que perdeu quando questionar o quanto contribuiu para a família, a atenção que não deu ao filho ou à mãe quando precisava. Você ter a fotografia do quebra-cabeça para aprender a ser produtivo. O primeiro passo é ter clareza da vida como um todo, ou nada vai funcionar.”
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“Falta coragem para as empresas abrirem mão de um modelo que funcionou por muito tempo. E, antes de tudo, entender que, com a mudança, vai piorar antes de melhorar. Tudo funciona assim, mas é preciso experimentar. É preciso tentar um modo com mais respeito ao outro, ao ser humano com quem trabalha.”
Gerômino diz ser megalomaníaco. Quer vender um milhão de livros – não deste, “Produtividade para Quem Quer Tempo”, mas dele e dos outros que virão. “Meu segundo livro está pronto na minha cabeça”, ri. É o que define como ciclo da realidade. “Primeiro você tem que ser, para depois fazer e depois ter.” Mais ou menos como fez esse Forrest Gump dos negócios: ele é, fez e tem. Parece simples, não?