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Três semanas depois, Systrom estava de novo em um voo para Roma. “Quando eu vi o Papa pela segunda vez, ele me cumprimentou como um grande amigo”, conta. Em sua primeira foto, ele estava ajoelhado. Na legenda: “Reze por mim” em 9 línguas diferentes. A foto tem mais de 3000.000 curtidas.
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Claro, o app é peixe pequeno comparado ao Facebook, com seus 1,7 bilhão de usuários e US$ 18 bilhões em vendas. FORBES estima que o Instagram, atualmente, vale entre US$ 25 bilhões e US$ 50 bilhões, e esse número esta em constante crescimento. À medida que o seu dono mostra sinais de saturação, o Instagram ganhou por volta de 100 milhões de usuários em nove meses.
O caminho de Systrom para o Facebook parecia predestinado. Em 2005, Zuckerberg tentou persuadi-lo a pular seu último ano em Stanford e lançar um mecanismo de fotos para sua rede social. Systrom recusou, o que seria cerca de milhões de dólares. Ele, então, trabalhou em um café, foi para o Google e depois na startup Odeo. Inspirado em apps como o Foursquare, Systrom e seu amigo Mike Krieger lançaram o Burbn, um jogo de check-in móvel em 2010. Systrom criou um app de fotos e seu primeiro filtro. Mais filtros seguiram, e usuários também.Mas o Instagram continuava vazio. No primeiro ano, tinha apenas seis empregados, depois 13 quando foi vendido ao Facebook.
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Hoje, quase toda figura pública tem uma conta no Instagram. Atletas e celebridades tratam seus perfis como um segundo noticiário, onde podem anunciar seus feitos. Quando Lionel Messi passou dos 30 milhões de seguidores em dezembro, Stephen Curry o presenteou com uma jaqueta dos Golden State Warriors com um número 30 bordado nas costas. Messi retornou o favor alguns meses depois com sua própria jaqueta do Barcelona com um número 10 bordado nas costas
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Esse tipo de engajamento está reformulando indústrias como a moda. No ano passado, o designer Misha NoNoo deixou as passarelas de lado e criou um desfile exclusivo para o Instagram. Depois de varias reuniões com o time de Synstrom, a designer lançou um Instashow, que permite que os fãs comentem e curtam as fotos com as roupas da coleção.
No total, mais de 200.000 companhias estão anunciando seus produtos na plataforma. Um estudo da Nielsen, com mais de 700 campanhas, descobriu que mais de 98% das campanhas tiveram uma efetividade maior quando veiculadas no app. Se Zuckerberg fez um dos melhores negócios da história, então Synstrom fez uns dos piores. Aquele pagamento de US$ 1 bilhão poderia ter sido 10 vezes maior se ele tivesse esperado um ano ou dois.
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A evolução natural do Instagram aponta para o vídeo. Companhias de tecnologia como Google, Twitter, Facebook e Pinterest vêm tirando a predominância das propagandas da mídia tradicional. Com quase US$ 70 bilhões saindo da TV e sendo investidos em propagandas para smartphones, toda companhia especializada em produção de conteúdo está na corrida para dominar as propagandas em vídeo. Empregados não aceitaram muito a ideia da inclusão de um sistema de compartilhamento de vídeos em 2013, junto à atualização que possibilita a mudança de formato das fotos. Systrom lidou com a situação como um pai cauteloso: ele admitiu que ações assim podem ser assustadoras, mas assegurou a todos que não faria nada que prejudicasse a empresa.
A tecnologia muda, mas a visão original de Systrom para o Instagram permanece: criar uma memória visual de tido que acontece ao redor do mundo, permitindo que usuários foquem em cada canto do planeta que planejam explorar. Para atingir esse objetivo, Systrom planeja dobrar o número de usuários para um bilhão, ou até triplicá-lo, representando uma concorrência que rivaliza com o Facebook. “Temos de nos lembrar de celebras 500 milhões de usuários”, afirma. “Chegar neste ponto é um marco, um sinal de ambição. Não vamos parar agora.”
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A novidade deve chegar aos poucos a todos os usuários do Android e do iPhone (iOS).