Família dona de empresa de jardinagem ganha US$ 370 mi com iniciativas de legalização da maconha

11 de novembro de 2016
Jim Hagedorn

Jim Hagedorn e sua família aumentaram o patrimônio líquido deles para US$ 1,8 bilhão com empresa de equipamentos para cultivo hidropônico da maconha (Reprodução/FORBES)

Os eleitores da Califórnia, Massachusetts e Nevada aprovaram a maconha recreativa nas eleições da última terça-feira (8), nos Estados Unidos. As iniciativas para o cultivo da planta medicinal também passaram na Flórida, Arkansas e Dakota do Norte, e mais da metade dos Estados no país agora permitem o uso medicinal da erva.

A Scotts Miracle-Gro, tradicionalmente uma empresa conhecida por auxiliar famílias suburbanas com seus jardins e gramados, cresceu recentemente no mercado ao vender equipamentos para métodos hidropônicos de crescimento e cultivo da maconha, ou qualquer outra planta, dentro de casa. “Essa é a maior coisa que eu já vi”, afirmou o CEO da empresa Jim Hagedorn para FORBES em julho.

LEIA MAIS: Como a maconha tem se tornado um mercado bilionário nos EUA

As ações da Scotts Miracle-Gro aumentaram 34% nos últimos seis meses. “A maior parte desse impulso veio da maconha”, afirma Joe Altobello, analista que cobre as ações da Raymond James, empresa de serviços financeiros. “Se você procura investir nesse ramo, essa provavelmente será a sua melhor aposta”.

Ninguém fez mais dinheiro do que o Hagedorn e sua família, que possuem 27% de participação na Scotts Miracle-Gro. Desde julho, eles acrescentaram uma quantia de US$ 370 milhões à fortuna deles, o que subiu o patrimônio líquido da família para US$ 1,8 bilhão.

VEJA TAMBÉM: Austrália legaliza cultivo de maconha medicinal

Os investidores estão impressionados. “O que ele está fazendo é diversificar o portfólio”, diz Jason Gere, analista da KeyBanc Capital Markets, empresa de serviços bancários para negócios e corporações. “Eles estão capitalizando as tendências, e isso é muito empreendedor.”

A Scotts anunciou seu primeiro grande passo na indústria em março de 2015, quando comprou duas companhias irmãs chamadas General Hydroponics e Vermicrop por US$ 135 milhões. Em julho de 2016, esses negócios já haviam apresentado um crescimento de mais de 20%, cerca de quatro vezes a taxa do resto da empresa.

“O crescimento potencial que as pessoas estão observando vem da indústria da maconha”, afirma Ivan Feinseth, analista na Tigress Financial Partners. “Isso vai se tornar um grande motor de crescimento”.