Cientistas afirmam que o planeta anão Plutão pode esconder um oceano de gelo sob sua superfície, de acordo com dois relatórios publicados pela revista científica “Nature”.
Os relatórios buscam explicar por que a Sputnik Planitia, uma bacia coberta por nitrogênio de 1.000 quilômetros de largura na região norte do coração de Plutão, está permanentemente alinhado com a lua Caronte do planeta anão.
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O primeiro relatório, feito pela Universidade do Arizona, sugere que a Sputnik Planitia está cheia de gelo e alterou as forças da maré entre Plutão e Caronte. O segundo, da Universidade da Califórnia, afirma que a reorientação foi causada pela forças da maré como resultado de um oceano subterrâneo “lamacento”, que está parcialmente congelado.
Os indícios surgiram dos dados recolhidos pela sonda espacial da NASA New Horizons, que passou por Plutão em julho do ano passado. Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) também fizeram parte dessa equipe.
“Os dados sugerem um oceano denso e pesado, que pode ter servido como uma “anomalia gravitacional”, ou peso, o que causaria um grande impacto gravitacional de Plutão e Caronte”, afirma o MIT News.
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“Durante milhares de anos, o planeta teria girado ao seu redor, alinhando seu oceano subterrâneo e a região em forma de coração acima dele, quase exatamente o oposto da linha que liga Plutão e Caronte”.
Pesquisadores acreditam que a Sputnik Planitia foi formada há milhões de anos, quando um asteroide bateu na superfície de Plutão, deixando uma cratera que foi preenchida com gelo de nitrogênio nos últimos 10 milhões de anos.
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A missão da NASA New Horizon, que foi lançada em 2006, capturou imagens dessa região luminosa quando eles passaram pelo planeta anão em 2015.