Ranking das maiores empresas perde uma brasileira

7 de junho de 2018

Nos últimos meses, o mundo assistiu à intensificação das tensões comerciais entre os EUA e a China. O vasto poder econômico dos dois países está refletido na lista 2018 da FORBES Global 2000.

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Pela primeira vez desde 2015, China e Estados Unidos dividem o Top 10 uniformemente. No ranking geral, no entanto, são 291 empresas chinesas e 560 norte-americanas.

A 16ª lista anual Global 2000 inclui empresas de capital aberto de 60 países. Coletivamente, as companhias nesta lista representam US$ 39,1 trilhões em vendas, US$ 3,2 trilhões em lucro, US$ 189 trilhões em ativos e US$ 56,8 trilhões em valor de mercado. Todas as métricas aumentaram dois dígitos ano a ano.

O ranking é baseado em uma pontuação composta de médias ponderadas de receita, lucros, ativos e valor de mercado.

Pelo sexto ano consecutivo, o Industrial and Commercial Bank of China e o China Construction Bank ocupam a 1ª e 2ª posições, respectivamente. Em seguida, encontra-se a JP Morgan Chase, dos Estados Unidos, e a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, que ficaram em 3º e 4º lugares, respectivamente. Completam o Top 10 Agricultural Bank of China, Bank of America, Wells Fargo, Apple, Bank of China e Ping An Insurance.

A grande novidade é o Spotify, possivelmente, o IPO de maior destaque na lista. O serviço de streaming de música estreia no 1.644º lugar, com um valor de mercado de US$ 27 bilhões, ainda que tenha registrado uma perda de cerca de US$ 1,3 bilhão no ano passado.

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No total, a lista contou com 131 recém-chegados. A empresa sueca de cuidados pessoais Essity, que ocupa a 722ª posição, foi a maior estreia de 2018.

As empresas de petróleo e gás se recuperaram neste ano, ajudadas em grande parte por um aumento nos preços do petróleo. Um dos maiores impulsionadores da lista é a Chevron, que subiu 338 pontos e conquistou o 21º lugar. A empresa encerrou 2016 com US$ 497 milhões no vermelho, mas recentemente obteve lucros de US$ 10,2 bilhões. O ex-CEO John Watson atribuiu, em uma carta aos acionistas, a perda de 2016 aos baixos preços das commodities.

As quedas notáveis ​​da lista incluem a Whole Foods, adquirida pela Amazon no ano passado. Em 2017, a varejista, que está em 53º lugar, registrou US$ 193,1 bilhões em vendas e chegou a um valor de mercado de US$ 777,7 bilhões.

Na frente entre as grandes fusões e aquisições, a DowDuPont fez sua aparição inaugural no 122º lugar após a união da Dow Chemical com a DuPont, em setembro de 2017. No mês passado, a empresa ficou em 26º lugar na lista das Maiores Empresas Públicas dos EUA, com lucro de US$ 1,6 bilhão.

O ranking inclui, ainda, 19 empresas brasileiras, contra 20 no ano passado. Os bancos Itaú e Bradesco – apesar de terem perdido posições – continuam ocupando os melhores lugares, 45º (contra 38º em 2017) e 65º (contra 62º), respectivamente.

A maior parte das empresas brasileiras perdeu posições, mas uma das maiores quedas foi registrada pela Eletrobras, que saiu do 610º lugar para ocupar o 1.120º (510 posições). Também caíram muito BRF (448 posições), atualmente em 1.773º lugar, e a Sabesp (466 posições), em 1.902º lugar.

Entre as empresas que subiram na lista está a Vale (ganho de 24 posições), que ocupa atualmente o 132º lugar. Mas quem subiu mesmo foi a Petrobras: a companhia, que aparecia em 399º lugar no ranking de 2017, é dona da 243ª posição na lista de 2018.

CCR (1.572º lugar na lista de 2017), CPFL (1.735º) e Kroton (1.895º) não aparecem no novo ranking, que passou a contar com a Suzano Papel e Celulose (1.498º) e Fibria (1.935º).

Veja, na galeria de fotos a seguir, as 10 primeiras colocadas e as empresas brasileiras listadas no Global 2000 2018:

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