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A análise de cafeterias na Noruega, na Austrália, no Reino Unido e nos Estados Unidos constatou que um número crescente de lojas tem adaptado suas ofertas aos nômades digitais, que podem trabalhar em qualquer lugar. Por exemplo, uma grande oferta de tomadas é considerada crucial e, muitas vezes, mais importante do que o próprio café.
Isso foi verificado por outra pesquisa, que descobriu que o ruído de fundo de baixo nível encontrado frequentemente em cafeterias pode ser benéfico para o nosso pensamento criativo. Além disso, o fato de estarmos cercados por pessoas que trabalham duro pode nos estimular a se esforçar mais. Um relatório publicado no ano passado sugere que estar cercado por outras pessoas também pode nos estimular.
Junte isso a um ambiente acolhedor, mas flexível, e talvez não surpreenda que cada vez mais pessoas escolham a opção amigável e social de trabalhar em uma cafeteria em vez de ficar sozinhas em casa.
Café para não-nômades
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O mesmo enfoque foi registrado em outro relatório publicado recentemente, que descobriu que servir café em reuniões pode focar as discussões, ao mesmo tempo em que aumenta o envolvimento dos participantes e, geralmente, o contentamento quanto ao sucesso da reunião.
Os autores consideravam que a maioria das pesquisas sobre o impacto do café no nosso desempenho se concentrava no indivíduo, então, quiseram examinar se impactos semelhantes poderiam ser vistos na performance do grupo. Verificou-se que as pessoas que tomavam café antes de uma reunião eram efusivas em seus elogios tanto pelo seu próprio desempenho quanto pelo do grupo.
Os participantes foram inicialmente convidados a tomar café juntos cerca de 30 minutos antes de começar uma discussão em grupo. Cada pessoa recebeu a tarefa de fazer recomendações sobre o assunto no final da reunião. Para efeito de comparação, foi organizado um grupo de controle, ao qual foi dado o mesmo exercício, mas com café servido depois do encontro.
Para o grupo que bebeu café e performou bem foi feito um outro estudo de acompanhamento para descobrir se o consumo da cafeína ou o ato social de beber juntos aumentava o desempenho. Um segundo grupo de participantes foi recrutado para realizar uma tarefa semelhante, mas desta vez, uma parte recebeu café descafeinado.
Os resultados foram semelhantes aos do primeiro experimento, com o grupo que bebeu o café normal apresentando um desempenho melhor do que aquele que recebeu café descafeinado.