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Outra novidade, essa já esperada, é a primeira troca na liderança do grupo em 24 anos. Jeff Bezos, da gigante de compras online Amazon e hoje o homem mais rico do mundo, tomou o lugar que era ocupado por Bill Gates, da Microsoft, desde 1994. E chegou ao topo cravando marcas. Bezos se tornou a primeira pessoa a aparecer no ranking com uma fortuna pessoal de mais de US$ 100 bilhões — são incríveis US$ 160 bilhões. A ascensão natural do empresário reflete o crescimento da Amazon no último ano, quando Bezos recheou seu cofre com mais US$ 78,5 bilhões graças à alta de mais de 100% no preço das ações da companhia — o maior ganho anual desde que as fortunas começaram a ser acompanhadas.
Altos e baixos
O maior destaque em termos percentuais fica com Jack Dorsey, CEO da rede social Twitter e da empresa de pagamentos Square. Sua fortuna subiu impressionantes 186% sobre o montante de 2017, puxada principalmente por uma alta no preço das ações da Square.
A maior baixa em relação à lista do ano passado foi a de George Soros, cujo patrimônio líquido caiu de US$ 23 bilhões para US$ 8,3 bilhões. Mas por uma boa causa: Soros transferiu US$ 18 bilhões de seus cofres particulares para suas fundações beneficentes Open Society Foundations.
O atual morador da Casa Branca, Donald Trump, caiu 11 posições no ranking e ocupa agora a 259ª colocação, apesar de seu patrimônio líquido ter permanecido inalterado em US$ 3,1 bilhões.
A metodologia da FORBES não considera ativos em fundações de caridade como parte do patrimônio líquido de um indivíduo. Pela primeira vez, porém, cada membro da Forbes 400 recebeu uma pontuação pelas doações filantrópicas que realizou, com notas que variam de 1 a 5 em uma escala crescente de caridade.
Adventícios
Mesmo com o alto passe de entrada, de US$ 2,1 bilhões, a lista deste ano conta com 15 recém-chegados, que construíram suas fortunas em setores tão variados quanto o da produção e comercialização de aparelhos auditivos, comércio eletrônico e logística.
Doze dos estreantes são, como dizem os norte-americanos, self-made men, isto é, empreendedores que fizeram sucesso por conta própria. Entre eles, estão Drew Houston, CEO da empresa de compartilhamento de arquivos online Dropbox; Thai Lee, uma imigrante sul-coreano que ergueu uma gigante revendedora de TI; e Ben Chestnut e Dan Kurzius, os cofundadores da empresa de email marketing Mailchimp.
Por gênero e idade
O número de mulheres na lista chegou a 57 neste ano, contra 55 em 2017. Entre elas, estão duas empresárias que cofundaram companhias e compartilham a fortuna com o marido. Em 2017, havia cinco nessa situação. Além da já mencionada sul-coreana Thai Lee, o grupo das recém-chegadas ao ranking inclui Lynsi Snyder, que herdou e administra a popular cadeia de hambúrgueres In N Out, com sede na Califórnia — aos 36 anos, Lynsi é a mulher mais jovem no ranking.
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O mais jovem de toda a edição 2018 de The Forbes 400, entre homens e mulheres, é o cofundador e CEO da rede social Snapchat, Evan Spiegel, integrante também da lista dos milionários com menos de 40 anos. Aos 28 anos, ele acumula um patrimônio líquido avaliado em US$ 2,2 bilhões.
Self-made x herdeiros
Com 269 nomes, o grupo dos ranqueados com fortunas próprias supera em muito o dos herdeiros de riqueza (64 membros) e a turma dos que receberam uma herança, mas a ampliaram com trabalho (67 membros).
Metodologia
Este é o 37º ano do emblemático The Forbes 400, ranking de cidadãos dos EUA que possuem ativos no país. Para a lista de 2018, foram considerados, em uma primeira etapa, 700 candidatos. Quando possível, os participantes foram contatados pessoalmente ou por telefone. A FORBES também entrevistou seus funcionários, rivais, colegas e advogados. Descobrir a fortuna dos bilionários exigiu a checagem de milhares de documentos da SEC (Securities and Exchange Commission), a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) norte-americana, de registros judiciais e de notícias. Além do levantamento de todos os tipos de ativos: participações em empresas públicas e privadas, imóveis, obras de arte, iates, aviões, fazendas, vinhedos, joias, coleções de carros e muito mais.
As estimativas são baseadas também no valor das ações das empresas a partir de 7 de setembro de 2018. Alguns dos integrantes da The Forbes 400 podem ter ganhado ou perdido patrimônio até o momento da publicação.
Não foram incluídas fortunas familiares dispersas, mas sim a riqueza pertencente aos parentes imediatos de um bilionário, quando o patrimônio como um todo pôde ser atribuído ao fundador vivo do negócio — nesse caso, você verá o nome do super-rico acompanhado de “& família”.
Também foram incluídos casais que construíram fortunas e negócios juntos, desde que, também juntos, somassem uma fortuna de US$ 4,2 bilhões — o que dá um patrimônio mínimo de US$ 2,1 bilhões por cabeça, valor de corte para fazer parte do ranking neste ano. Nesses casos, os dois nomes são listados.