- O último ano foi bom para a busca de emprego nos Estados Unidos. Ganhos recordes de trabalho e taxas de desemprego baixas deram origem a um cenário corporativo não visto pelos norte-americanos em décadas;
- Em parceria com a companhia de pesquisa de mercado Statista, a Forbes identificou as grandes empresas mais adoradas pelos funcionários no ranking anual dos Melhores Empregadores dos Estados Unidos;
- Trader Joe’s, famosa cadeia de supermercados, subiu 18 posições em dois anos. Em 2018, ocupou o 2° lugar. Este ano, ficou no topo da lista;
- A cultura de camaradagem da rede é tão forte que pode ser sentida por qualquer pessoa que entra em uma loja, por isso sua boa reputação.
O último ano foi ideal para a busca de emprego nos Estados Unidos. Ganhos recordes de trabalho e taxas de desemprego consistentemente baixas deram origem a um cenário corporativo não visto pelos norte-americanos em décadas, no qual as empresas se viram competindo arduamente para atrair e reter suas forças de trabalho. Com isso, algumas corporações surgiram na competição por talentos como empregadoras preferidas.
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Uma cadeia de supermercados com sede em Monróvia, na Califórnia, continua escalando o ranking – foram 18 posições ganhas em dois anos. Ela atingiu o 2° lugar em 2018. Este ano, a varejista provou que estava à altura do desafio e garantiu o topo, à frente dos concorrentes Costco Wholesale e Wegmans Food Markets. Desde a fundação da loja de conveniência Pronto Markets em 1958, a melhor empregadora dos EUA já percorreu um longo caminho e até mesmo alterou seu nome. Você pode já ter ouvido falar dela: Trader Joe’s.
Além de seu nome e número de localizações (mais de 400 em 41 estados e no Distrito de Columbia), pouco mudou no Trader Joe’s desde quando o fundador (e original) Joe Coulombe abriu a empresa. Sua consistente atenção ao básico pode ser seu segredo para o sucesso. “Estamos na ativa há mais de 50 anos e nunca tivemos demissões em massa. Nós nos mantemos fiéis ao que sabemos que funciona para a rede e os membros da equipe”, diz Jon Basalone, presidente da área de lojas do Trader Joe’s. “Você combina isso com pagamento, benefícios, apoio, ambiente divertido, e as pessoas tendem a querer ficar por perto.”
Enquanto muitos varejistas se apegam à noção de que o salário mínimo prescrito pela lei deve ser o pago aos funcionários que lidam diretamente com clientes, o Trader Joe’s adota uma abordagem diferente e estabelece pagamentos-base únicos em cada um dos mercados em que se instala. Cada salário mínimo é baseado no que é necessário para atrair o melhor em qualquer área e, com o tempo, funcionários de meio período podem ganhar até US$ 24,75 por hora – quase o dobro do salário mínimo mais alto do país.
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A cultura de camaradagem da rede é tão forte que pode ser sentida por qualquer pessoa que entra em uma das lojas. O uniforme emblemático da equipe, usado por todos desde os anos 1960, ajuda a definir esse tom. “Todos nós vestimos camisas havaianas e crachás – e todos eles dizem ‘membro da tripulação’. Especialmente no escritório”, diz Basalone. “Se uma loja ligar e solicitar alguém para auxiliar o time, estaremos prontos.” Assim, em um dia qualquer, um estudante pode se encontrar empacotando a compra de um executivo e, mais tarde, ser chamado para experimentar uma receita que a loja ousou criar durante um painel de degustação – um treino realizado duas vezes por semana no Trader Joe’s no qual os funcionários experimentam e avaliam os produtos antes de chegarem às prateleiras.
Essa tarefa é, com certeza, a favorita da equipe, tanto que, 28 anos depois, Basalone ainda lembra de sua primeira vez: molhos, uma comida congelada e outra assada. “No meu primeiro dia de trabalho, me mostraram como cortar uma caixa e estocar alguns alimentos congelados. Então, disseram: ‘Vamos lá para trás, estamos fazendo uma degustação’. O tempo todo eu fiquei me perguntando se deveria fazer aquilo. Eu deveria ter a sensação de estar trabalhando – e não tinha. A pessoa que me treinou disse: ‘Isto também é parte do trabalho. Temos de aprender sobre o que vendemos’.”
Metodologia
Para o levantamento do ranking, a Statista pesquisou 50 mil funcionários de empresas norte-americanas com, pelo menos, mil colaboradores. Todas as respostas foram anônimas, o que permitiu que os participantes compartilhassem abertamente suas opiniões. Os entrevistados foram solicitados a avaliar, em uma escala de zero a dez, a probabilidade de recomendar seu empregador a outras pessoas.
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