10 melhores empregadores dos EUA em 2019

17 de abril de 2019

A cultura de camaradagem da rede é tão forte que pode ser sentida por qualquer um

Resumo:

  • O último ano foi bom para a busca de emprego nos Estados Unidos. Ganhos recordes de trabalho e taxas de desemprego baixas deram origem a um  cenário corporativo não visto pelos norte-americanos em décadas;
  • Em parceria com a companhia de pesquisa de mercado Statista, a Forbes identificou as grandes empresas mais adoradas pelos funcionários no ranking anual dos Melhores Empregadores dos Estados Unidos;
  • Trader Joe’s, famosa cadeia de supermercados, subiu 18 posições em dois anos. Em 2018, ocupou o 2° lugar. Este ano, ficou no topo da lista;
  • A cultura de camaradagem da rede é tão forte que pode ser sentida por qualquer pessoa que entra em uma loja, por isso sua boa reputação.

O último ano foi ideal para a busca de emprego nos Estados Unidos. Ganhos recordes de trabalho e taxas de desemprego consistentemente baixas deram origem a um cenário corporativo não visto pelos norte-americanos em décadas, no qual as empresas se viram competindo arduamente para atrair e reter suas forças de trabalho. Com isso, algumas corporações surgiram na competição por talentos como empregadoras preferidas.

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A Forbes, em parceria com a companhia de pesquisa de mercado Statista, identificou as grandes empresas – com mais de 5 mil colaboradores – mais adoradas pelos funcionários no ranking anual dos Melhores Empregadores dos Estados Unidos.

Uma cadeia de supermercados com sede em Monróvia, na Califórnia, continua escalando o ranking – foram 18 posições ganhas em dois anos. Ela atingiu o 2° lugar em 2018. Este ano, a varejista provou que estava à altura do desafio e garantiu o topo, à frente dos concorrentes Costco Wholesale e Wegmans Food Markets. Desde a fundação da loja de conveniência Pronto Markets em 1958, a melhor empregadora dos EUA já percorreu um longo caminho e até mesmo alterou seu nome. Você pode já ter ouvido falar dela: Trader Joe’s.

Além de seu nome e número de localizações (mais de 400 em 41 estados e no Distrito de Columbia), pouco mudou no Trader Joe’s desde quando o fundador (e original) Joe Coulombe abriu a empresa. Sua consistente atenção ao básico pode ser seu segredo para o sucesso. “Estamos na ativa há mais de 50 anos e nunca tivemos demissões em massa. Nós nos mantemos fiéis ao que sabemos que funciona para a rede e os membros da equipe”, diz Jon Basalone, presidente da área de lojas do Trader Joe’s. “Você combina isso com pagamento, benefícios, apoio, ambiente divertido, e as pessoas tendem a querer ficar por perto.”

Enquanto muitos varejistas se apegam à noção de que o salário mínimo prescrito pela lei deve ser o pago aos funcionários que lidam diretamente com clientes, o Trader Joe’s adota uma abordagem diferente e estabelece pagamentos-base únicos em cada um dos mercados em que se instala. Cada salário mínimo é baseado no que é necessário para atrair o melhor em qualquer área e, com o tempo, funcionários de meio período podem ganhar até US$ 24,75 por hora – quase o dobro do salário mínimo mais alto do país.

E como o Trader Joe’s fica aberto 18 horas por dia, sete dias por semana, há muita flexibilidade. “Não importa se são estudantes, têm dois empregos, estão buscando outros campos ou apenas precisam de um trabalho – nós podemos ajudá-los”, diz Basalone. “Contratamos pessoas, aceitamos sua individualidade e realizamos as tarefas por meio do trabalho em equipe.”

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A cultura de camaradagem da rede é tão forte que pode ser sentida por qualquer pessoa que entra em uma das lojas. O uniforme emblemático da equipe, usado por todos desde os anos 1960, ajuda a definir esse tom. “Todos nós vestimos camisas havaianas e crachás – e todos eles dizem ‘membro da tripulação’. Especialmente no escritório”, diz Basalone. “Se uma loja ligar e solicitar alguém para auxiliar o time, estaremos prontos.” Assim, em um dia qualquer, um estudante pode se encontrar empacotando a compra de um executivo e, mais tarde, ser chamado para experimentar uma receita que a loja ousou criar durante um painel de degustação – um treino realizado duas vezes por semana no Trader Joe’s no qual os funcionários experimentam e avaliam os produtos antes de chegarem às prateleiras.

Essa tarefa é, com certeza, a favorita da equipe, tanto que, 28 anos depois, Basalone ainda lembra de sua primeira vez: molhos, uma comida congelada e outra assada. “No meu primeiro dia de trabalho, me mostraram como cortar uma caixa e estocar alguns alimentos congelados. Então, disseram: ‘Vamos lá para trás, estamos fazendo uma degustação’. O tempo todo eu fiquei me perguntando se deveria fazer aquilo. Eu deveria ter a sensação de estar trabalhando – e não tinha. A pessoa que me treinou disse: ‘Isto também é parte do trabalho. Temos de aprender sobre o que vendemos’.”

Os esforços do Trader Joe’s para apoiar seus funcionários certamente contribuíram para a capacidade de atrair e reter talentos, mas o segredo para seu status de empregador cobiçado não pode ser encontrado em nenhum plano de compensação ou em um gráfico organizacional. “Quase não soa como um trabalho… Parece mais que estamos organizando uma festa e os clientes são os convidados de honra. Você pode conhecer e trabalhar com pessoas incríveis, sejam elas colegas ou clientes, e a interação e energia que vêm disso apenas faz da rede um ótimo lugar para trabalhar”, diz o executivo.

Metodologia

Para o levantamento do ranking, a Statista pesquisou 50 mil funcionários de empresas norte-americanas com, pelo menos, mil colaboradores. Todas as respostas foram anônimas, o que permitiu que os participantes compartilhassem abertamente suas opiniões. Os entrevistados foram solicitados a avaliar, em uma escala de zero a dez, a probabilidade de recomendar seu empregador a outras pessoas.

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Veja, na galeria de fotos a seguir, os 10 Melhores Empregadores dos Estados Unidos:

 


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