- A presença de baterias nos automóveis da empresa e sua frota autônoma descortinam um horizonte promissor;
- Elon Musk conseguiu liderar o comércio de carros de luxo nos Estados Unidos e também triplicar suas vendas na Europa, fechando negócios online;
- No futuro, não fará sentido comprar carros movidos a gasolina, já que eles não rendem tanto.
Um tempo atrás, depois de um estudo rigoroso da estratégia de marca da Tesla e depois de debater minhas ideias com as de executivos de todo o mundo, expliquei por que achava que a maioria dos analistas dos setores financeiro, automotivo e de energia estavam errados sobre a empresa. Meu argumento central era de que o futuro da Tesla não estava em sua capacidade de produzir veículos a motor, mas sim nas baterias.
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Alguns dos maiores críticos da empresa de Elon Musk, como Bob Lutz, que previu sua falência iminente, agora elogiam seus veículos e sua atenção aos detalhes. Se você quiser evidências da importância das baterias na estratégia da empresa, encontrará de A a Z, da Austrália ao Zimbábue. A dedicação da empresa às baterias e a aposta na construção de fábricas gigantescas a levaram a fazer aquisições estratégicas, atrair e concentrar talentos para se tornar uma potência de pesquisa e desenvolvimento.
Os resultados são óbvios. Seus clientes são os mais fiéis do setor automotivo, algo que alguns críticos veem com fanatismo. No entanto, é uma escolha objetiva: seus veículos não são apenas incríveis de dirigir, mas transmitem a sensação de se viver no futuro. Ou, como o próprio Musk disse há algum tempo: a compra de qualquer outro veículo não faz sentido, se pensarmos no futuro. Esqueça os postos de gasolina: com esse combustível, só é possível percorrer 600 km. A indústria do petróleo está prestes a perder o jogo.
A trajetória da empresa depende da sua eficiência na produção, de melhorias diferenciais na tecnologia autônoma, da entrada no maior mercado automobilístico do mundo e de uma orientação de longo prazo — só agora compreendida por alguns analistas. Mais adiante, podemos até encontrar uma das maiores mudanças de direção que uma empresa do seu tamanho já considerou: passar da venda de carros para proprietários particulares à venda de um serviço através de suas próprias frotas de veículos autônomos. Além disso, é claro, baterias e sistemas de geração. É questão de tempo.
Não é fácil mudar a opinião das pessoas sobre uma empresa com um artigo. Muito pode ser dito sobre a Tesla, mas os resultados falam por si: esta não é uma empresa tradicional. Qual é a missão da Tesla? Simples: mudar o mundo. Antes da Tesla, os carros eram movidos a diesel ou gasolina; depois da Tesla, todos serão elétricos. Simples assim. A missão de Musk não é vender carros ou baterias, mas antecipar o futuro.
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