Segundo o fundador da Babylon, o iraniano Ali Parsa, muitos dos problemas que as pessoas trazem para hospitais tem a ver com o que acontece antes da necessidade de ter de recorrer a um tratamento. Ou seja, somos péssimos em prever problemas de saúde.
Isso fez com que o empreendedor buscasse formas de facilitar a detecção de doenças antes que elas evoluam e gerem problemas no acesso a médicos. Parsa, então, uniu-se a um posto de saúde tradicional em Londres, em 2016, e o transformou no que, na prática, é um call center no qual médicos atendem pacientes por meio de uma plataforma de telemedicina, que usa IA para ajudar nos diagnósticos.
Isso causou um enorme problema para a subprefeitura onde o consultório está localizado, que mesmo sendo operado pela startup, ainda é oficialmente um posto de saúde parcialmente financiado por dinheiro público, já que consultórios britânicos recebem uma quantia do sistema para manter cada paciente registrado. A conta para a autoridade local já ultrapassa a marca de 10 milhões de libras além do orçamento considerado normal.
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Por mais que Parsa tenha sido capaz de convencer investidores milionários sobre o potencial de sua plataforma, ainda precisa convencer médicos, que permanecem céticos sobre a precisão e eficiência do sistema.
A falta de maturidade da tecnologia de IA que apoia um dos aspectos do serviço também é preocupante. O componente de checagem de sintomas do aplicativo da Babylon tem sido alvo de constante escrutínio de associações médicas depois de erros em diagnósticos terem sido apontados. Uma investigação da Forbes no ano passado revelou que até mesmo empregados da startup têm dúvidas sobre a eficácia da ferramenta.
Apesar das críticas e da disrupção que tem causado para o sistema de saúde nacional, a empresa conseguiu autorização do governo para expandir suas operações para as cidades inglesas de Birmingham e Manchester neste ano.
O governo britânico tem interesse em encampar uma agenda de tecnologia como a cura para os problemas orçamentários e de eficiência do NHS, sistema público de saúde do país, considerado um dos melhores do mundo.
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Além do crescimento em seu mercado natal, a empresa dá passos largos em direção a uma expansão internacional, com Canadá e Estados Unidos entre seus próximos grandes mercados. Na China, a empresa já testa seus serviços em parceria com gigantes da tecnologia, como a Tencent.
A Babylon também está presente em países em desenvolvimento, onde o sistema público de saúde é precário ou inexistente. A operação em Ruanda, por exemplo, já tem 2 milhões de usuários.
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A empresa de transporte urbano 99 entregou hoje, em solenidade na prefeitura de Porto Alegre, um projeto piloto de um sistema de gestão inteligente de trânsito. A ferramenta, desenvolvida pela startup para a cidade, promete dar informações em tempo real sobre o trânsito, como velocidade média dos automóveis e horários de maior movimento, que podem ser usadas por agentes públicos para apoiar intervenções no trânsito.
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Amanhã (16) e quinta-feira acontece no Grande Teatro da SCAR, em São Paulo, o SpinUp Summit, que vai abordar o papel das startups na mais recente “revolução das indústrias.” A programação inclui palestras, painéis e workshops, como nomes como o economista Samy Dana, o CEO da GR1D, Guga Stocco e o head de inovação da Visa, Erico Fileno.
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Angelica Mari é jornalista especializada em inovação há 18 anos, com uma década de experiência em redações no Reino Unido e Estados Unidos. Colabora em inglês e português para publicações incluindo a FORBES (Estados Unidos e Brasil), BBC, The Guardian e outros.
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