A pandemia pegou os negócios de surpresa e provocou uma mudança de comportamento em todos os eles, deixando empresários e profissionais sem rumo. Não foi diferente com o setor de comunicação e entretenimento. Embora o consumo de mídia tenha acelerado durante o isolamento social, a principal moeda usada para monetizá-la – a publicidade – diminuiu em muitos canais devido às preocupações econômicas e sociais. Recentemente, muitas marcas interromperam seus gastos em plataformas como Facebook e Twitter.
Embora a receita de publicidade dessas plataformas seja impulsionada, em grande parte, por pequenas e médias empresas, eventos recentes podem sinalizar uma mudança maior de foco no papel que as decisões de negócios desempenham na condução de mudanças sociais. Para empresas de mídia com alcance e influência significativos sobre os consumidores, essa responsabilidade é ainda mais crucial.
Um levantamento do Fórum Econômico Mundial divulgado na terça-feira (14) propôs algumas ações de médio prazo que poderiam melhorar a viabilidade financeira, a resiliência e a sustentabilidade dessa indústria.
Veja, na galeria de fotos a seguir, quais são elas:
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GettyImages/rich-Lezz 1 – Desenvolver um ecossistema de mídia mais forte por meio da criação de conteúdo, distribuição e inovação de consumo
Após ouvir uma série de executivos do setor, a organização sem fins lucrativos listou cinco temas que representam boas oportunidades para a construção de um ecossistema forte. O primeiro deles está relacionado ao aumento da confiança e transparência, algo que só será possível com ações para minimizar conteúdos nocivos, manter a privacidade dos dados e restaurar a confiança nas instituições.
“Em nível global, as pessoas ainda confiam mais umas nas outras do que nos governos e organizações. A Covid-19 está mudando esse fluxo”, diz Camilo La Cruz, diretor de estratégia da Sparks & Honey, uma empresa da Omnicom. Esse processo tende a fazer com as marcas ganhem a confiança dos consumidores e a criar um ambiente seguro para os anunciantes.
O segundo passo é o alinhamento do valor ao investimento, ou seja, garantir que o que está sendo entregue seja proporcional ao que custou. Em seguida, vem o incentivo à pluralidade, por meio do impulsionamento e da competitividade.
Em seguida, o estudo sugere o apoio a comunidades globais de criadores que tenham acesso a audiências também mundiais. De acordo com o documento, 55% da receita gerada para os criadores de conteúdo do YouTube vêm de fora de seus países de origem.
Por fim, o levantamento indica um foco ainda maior nos consumidores, capaz de aprofundar o relacionamento com eles e de atender às suas necessidades para gerar valor vitalício.
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GettyImages/Richard-Newstead 2 – Acelerar a transformação digital
A crise aumentou o foco na transformação digital em um setor que há muito tempo está na vanguarda da inovação.
Para os líderes deste mercado, o foco principal durante a crise esteva em garantir que os serviços digitais funcionassem sem problemas em meio às oscilações causadas por uma demanda sem precedentes. Para os retardatários, a crise enfatizou a necessidade de estabelecer novos canais de distribuição digital ou o risco de ficar para trás.
Em comparação com 2019, o tempo médio gasto com mídia digital este ano deve aumentar 11,9% nos Estados Unidos, 11,1% na Alemanha e 9,5% na China. Esse aumento vai colocar à prova, mais uma vez, a resiliência dos serviços digitais. As empresas de mídia e entretenimento demonstraram que a capacidade de escalar e otimizar dinamicamente investimentos em serviços em nuvem, redes de entrega de conteúdo e análises de balanceamento de carga é fundamental.
Mas nem todas os protagonistas do setor fizeram a transição para o digital antes da crise. Museus, teatros e publicações impressas se viram forçados a investir em opções virtuais para seus consumidores. A partir de agora, isso não será mais uma alternativa. Os espaços físicos e o consumo tradicional voltarão, mais cedo ou mais tarde, mas as ofertas virtuais vão ampliar as experiências das pessoas e oferecer outras chances de envolvê-las.
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GettyImages/B Busco 3 – Adaptar a força de trabalho
A aceleração da transformação digital vai moldar a força de trabalho e as maneiras de operar no futuro. Produção digital e distribuída, automação inteligente e marketing orientado a dados criarão um novo perfil de habilidades para os profissionais dessa indústria.
De acordo com o estudo, o setor de mídia e entretenimento empregava cerca de 12 milhões de pessoas em todo o mundo antes da crise da Covid-19, um contingente formado por jornalistas, produtores, diretores, atores, designers, atletas e editores, além de trabalhadores de cinemas e parques temáticos e profissionais das áreas de vendas, suporte, marketing, pesquisa de mercado e inúmeras outras de cada um dos subsetores. Novas funções serão necessárias, como os moderadores encarregados de combater conteúdo prejudicial. O estudo também prevê demandas de profissionais de dados, analíticos e aqueles que trabalham com novas tecnologias.
Para conduzir esse processo de adaptação, o estudo diz que é preciso mapear quem faz o trabalho, onde ele é feito e as mudanças provocadas na relação entre empregados e empregadores. Neste último quesito, o documento enfatiza o estresse gerado pela pandemia em grande parte dos profissionais e aponta que o suporte das companhias é mais necessário do que nunca.
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GettyImages 4 – Apoiar negócios responsáveis segundo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU
Confiança, responsabilidade social e ambiente de trabalho seguro serão prioridades para a futura força de trabalho. Porém, funcionários e consumidores – os dois grupos que os diretores de mídia apontam como principais responsáveis pela maneira como conduzem a sustentabilidade – concentram sua atenção em negócios responsáveis além da crise enfrentada atualmente.
Globalmente, apenas 40% dos funcionários acreditam que as ações de seus empregadores durante a pandemia estão demonstrando comprometimento com a sociedade ou o planeta. Para atender às expectativas e fortalecer a resiliência em toda a cadeia – criadores, distribuidores e anunciantes –, as empresas precisarão priorizar questões de sustentabilidade. O estudo indica alguns caminhos, como o importante papel da liderança, a construção de parcerias de longo prazo e governança.
1 – Desenvolver um ecossistema de mídia mais forte por meio da criação de conteúdo, distribuição e inovação de consumo
Após ouvir uma série de executivos do setor, a organização sem fins lucrativos listou cinco temas que representam boas oportunidades para a construção de um ecossistema forte. O primeiro deles está relacionado ao aumento da confiança e transparência, algo que só será possível com ações para minimizar conteúdos nocivos, manter a privacidade dos dados e restaurar a confiança nas instituições.
“Em nível global, as pessoas ainda confiam mais umas nas outras do que nos governos e organizações. A Covid-19 está mudando esse fluxo”, diz Camilo La Cruz, diretor de estratégia da Sparks & Honey, uma empresa da Omnicom. Esse processo tende a fazer com as marcas ganhem a confiança dos consumidores e a criar um ambiente seguro para os anunciantes.
O segundo passo é o alinhamento do valor ao investimento, ou seja, garantir que o que está sendo entregue seja proporcional ao que custou. Em seguida, vem o incentivo à pluralidade, por meio do impulsionamento e da competitividade.
Em seguida, o estudo sugere o apoio a comunidades globais de criadores que tenham acesso a audiências também mundiais. De acordo com o documento, 55% da receita gerada para os criadores de conteúdo do YouTube vêm de fora de seus países de origem.
Por fim, o levantamento indica um foco ainda maior nos consumidores, capaz de aprofundar o relacionamento com eles e de atender às suas necessidades para gerar valor vitalício.
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