Valência explica que a cobertura leva em conta uma série de variáveis, como raça, idade, finalidade e área geográfica onde o animal vive. “Um Quarto de Milha usado para equitação, por exemplo, é avaliado, em média, entre R$ 30 mil e R$ 35 mil. Se for um reprodutor de primeira linhagem, pode alcançar até R$ 1 milhão. Já um animal exatamente desta mesma raça, mas de competição – olímpico e medalhista -, pode chegar a R$ 60 milhões.”
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No pacote convencional, a cobertura abrange acidentes, fraturas, complicações no parto, ataque de animais silvestres, intoxicação, picada de cobras, queda de raio, cólicas crônicas e laminite – doença que acomete a parte mais sensível do cavalo, o casco. No entanto, o cliente pode optar por serviços extras, como reembolsos em atendimentos veterinários, serviço de necropsia e tratamentos de fertilidade para machos. Tudo isso também influencia o valor final do seguro.
O especialista ressalta, ainda, a importância da idade do animal na contratação do serviço. “Trabalhamos com cavalos que possuem entre seis meses e 20 anos. Como é, basicamente, um seguro de vida, levamos isso em conta.” Mas, assim como quase tudo nesse setor, há algumas diferenciações. “Cavalos de corrida e trote têm uma exposição maior durante os primeiros cinco anos de vida. Já um reprodutor pode ficar ativo por 20 anos. Então isso também influencia os contratos.”
Após cerca de uma década neste setor, Valência diz notar crescimento no Brasil. Dos R$ 10 milhões movimentados nos primeiros nove meses do ano, a Energy Broker detém 8% segundo dados da SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, o equivalente a R$ 800 mil. “Hoje temos 20 apólices de cavalos em nossa carteira e nossa maior concentração de clientela está em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.” O perfil desses clientes é bem parecido: a maioria deles possui de três a cinco animais segurados. “Podemos atender até haras, mas ainda assim o seguro é per capita.”
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