Para quem acha que a crise atual é a pior da história do Brasil, Braga faz um alerta: “Quem pensa assim não viveu a memória dos anos 1980, com a hiperinflação e a corrida das pessoas para armazenar comida em casa. Nem mesmo a inflação atual chegando a 8%, 9%, será igual. E dá para reverter. Devido ao seu tamanho e complexidade, a economia brasileira é muito elástica, o que significa que ela se recuperará após os períodos de baixo crescimento. O país é maior que o Estado”, aponta.
Marcos Gouvêa de Souza, fundador e diretor-geral da GS&MD — Gouvêa de Souza, lembra que, nos últimos 20 anos, apesar das crises vivenciadas, o país expandiu. “Houve um fortíssimo crescimento e uma evolução dos indicadores sociais. Hoje, no entanto, o que ocorre é uma maior preocupação com questões éticas e morais e uma cobrança maior em cima do governo, que precisa fazer sua parte. Mas, no aspecto econômico e financeiro, a gente sabe que, após os ajustes que cabem ser feitos pelo governo, vivenciaremos um forte período de expansão”, prevê.
Enquanto isso, ele recomenda que os empresários façam proveito das boas opções de negócios que surgem durante a crise, como compras mais baratas e investimentos defensivos para não perder market share. “A vida segue e a economia continuará a girar.” Veja na galeria de fotos exemplos de empresas que se mantêm resistentes à crise: