VEJA TAMBÉM: Satisfação com a vida na Grécia caiu 27,3% em sete anos
Esse não é só um problema da China. Nos últimos anos, o país, que é tecnicamente socialista, virou uma grande força dentro do capitalismo, principalmente por promover o crescimento da classe média. As quatro maiores empresas do mundo são bancos chineses. A maioria das companhias norte-americanas depende da situação da economia chinesa e de suas ações no mercado. A participação da Apple no mercado chinês, por exemplo, é muito significativa: com US$ 13,2 bilhões de vendas lá, a China é o segundo maior consumidor da empresa, depois dos EUA, com receitas 112% maiores no último ano. São a China e seu gosto por luxo o motivo da existência do iPhone de ouro.
O efeito de uma queda no mercado chinês é muito maior do que o provocado pelo que acaba de acontecer com a Grécia, que foi, temporariamente, jogada para fora do euro. Por isso, é importante acompanhar de perto as oscilações agressivas da China. A primeira queda veio devagar, três semanas atrás, mas a intervenção do governo fez a Bolsa cair de forma mais acentuada.
Onde há intervenção governamental no mercado, existe premissa de pânico. A China acabou de juntar quase US$ 500 bilhões em seu caixa para ajudar a restaurar confiança na Bolsa, e o país ameaça prender especuladores se o preço das ações continuarem a cair. Os chineses também proibiram quem possui muitas ações de vendê-las. O cenário é ruim.
Entender esse quadro não é fácil, mas também não é impossível. Veja na galeria de fotos as 7 coisas mais importantes para entender a queda da Bolsa chinesa: