Depois de uma série de ataques que mataram pelo menos 127 pessoas e deixaram mais de 300 feridos na noite da última sexta-feira (13) em Paris, o foco das autoridades é descobrir como os atos foram planejados. Agora, especula-se que a busca pode envolver o console de videogame mais popular no mundo atualmente, o PlayStation 4.
A caçada pelos responsáveis, dos quais oito já foram mortos, leva a pistas nos arredores de Bruxelas, na Bélgica. Jan Jambon, ministro do interior do país, afirmou neste sábado (14) que os terroristas do Estado Islâmico usavam o console da Sony para se comunicar.
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De acordo com Jambon, a escolha pode ter sido feita pela dificuldade em criptografar as informações do aparelho. “O PlayStation 4 é ainda mais difícil de rastrear do que o WhatsApp.”
Quando as novas gerações do videogame foram lançadas, havia uma preocupação sobre a privacidade dos usuários, como, por exemplo, se a câmera poderia ser usada para espionagem. Por isso, algumas medidas foram tomadas para reforçar a segurança de seus donos. No entanto, são as ferramentas menos periféricas e mais simples do aparelho, como envio de mensagens, que devem ter sido usadas pelos terroristas.
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Há poucas opções de comunicação pelo console. De acordo com documentos vazados por Edward Snowden, em 2013, as agências de inteligência norte-americanas NSA e CIA se infiltraram e recolhiam informações do jogo “World of Warcraft” para descobrir possíveis encontros entre terroristas.
Outra opção são as mensagens de voz enviadas entre os aparelhos. Não se sabe o quanto as autoridades norte-americanas ou europeias têm controle sobre estes sistemas. Por isso aumenta a chance de este ter sido a opção usada pelo Estado Islâmico. Essas mensagens são mais difíceis de rastrear pelo IP do monitor do que ligações via celulares, por exemplo.